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Óbito/Constantino: Federações elogiam o homem e manifestam pesar

LUSA
Vítor Félix (esq.), presidente da FP Canoagem, ao lado de José Manuel Constantino (dir.)
Vítor Félix (esq.), presidente da FP Canoagem, ao lado de José Manuel Constantino (dir.)COP
As federações portuguesas de atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica, natação, andebol, triatlo e ténis de mesa expressaram hoje pesar pelo falecimento do presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), elogiando os méritos de José Manuel Constantino.

Teve um papel relevante no desenvolvimento do desporto nacional e, ultimamente, liderando o COP, no desenvolvimento do ideal olímpico e dos seus valores”, elogiou o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira.

Já a Federação Portuguesa de Canoagem, através do presidente Vítor Félix, garante que o desporto luso “fica mais pobre”: “Depois de tanto resistir à doença, quis o destino que partisse no fim dos Jogos Olímpicos de Paris”.

Caro amigo presidente, terminou a missão! E terminou bem, como a melhor participação Olímpica de sempre. Uma referência pessoal para mim, grande amigo, conselheiro, confidente, prometemos continuar a lutar aqui por si pelos ideais do Desporto e pelo seu reconhecimento social e político”, acrescentou Vítor Félix, despedindo-se com um “até sempre amigo professor!”

Já a Federação Portuguesa de Ciclismo destaca a “sincera consternação” com que tomou conhecimento da notícia: “O dia de encerramento dos Jogos Olímpicos é de profunda tristeza para o desporto português, que perde uma das vozes mais lúcidas na defesa da relevância social do desporto”.

O organismo velocipédico endereça, assim, “as mais sentidas condolências aos familiares, amigos e a toda a família olímpica portuguesa”.

É de forma muito sentida que anunciamos que o presidente do COP, José Manuel Constantino, faleceu hoje. Um Senhor que defendeu intrepidamente a evolução do desporto em Portugal. À família, amigos e a toda a comunidade desportiva, as nossas mais sentidas condolências”, comunicou a Federão de Ginástica de Portugal (FGP).

A de natação publicou uma mensagem mais singela, apresentando “sinceras condolências” à família, amigos e COP.

Já a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) manifestou o seu “profundo pesar” pelo acontecimento, recordando o percurso do dirigente e apresentando “condolências” todos os que lhe são próximos.

Miguel Laranjeiro, presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP) diz que “Portugal e o desporto nacional ficam definitivamente mais pobres”, assegurando que Constantino ficará “sempre na memória” de com quem ele privou e que o sucesso de Portugal em Paris-2024 muito se deve ao ex-dirigente.

Nos últimos oito anos tive a oportunidade de partilhar com ele muitas conversas e ideias. Fiquei sempre mais rico no final de cada encontro. Era um profundo conhecedor e pensador do desporto a nível nacional e internacional. Defendeu a diversidade desportiva e o olimpismo como poucos. Estava do lado certo”, vincou Laranjeiro.

A Federação de Triatlo de Portugal (FTP), através do seu presidente Sérgio Dias, entende que o desporto português “perdeu um dos seus maiores apaixonados, o país vê partir um homem que amava a causa pública, e o triatlo tem, a partir de hoje, menos um grande amigo”.

José Manuel Constantino, que presidia ao Comité Olímpico de Portugal (COP) desde 26 de março de 2013, morreu no domingo, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.

Liderou o organismo olímpico nas duas melhores missões de Portugal a Jogos, com a conquista de quatro medalhas em Tóquio-2020 e Paris-2024, depois da estreia no Rio-2016.

Antes de presidir ao COP, o dirigente, natural de Santarém, liderou o Instituto de Desporto de Portugal e a Confederação de Desporto de Portugal.

Com vários livros e inúmeros artigos publicados sobre desporto, era um dos grandes pensadores sobre o fenómeno em Portugal, algo que foi reconhecido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, em 2016, e pela Universidade de Lisboa, em 2023.

Morreu este domingo, depois de ter acompanhado a melhor representação portuguesa em Jogos Olímpicos em Paris.

Tal como em Tóquio-2020, Portugal conquistou quatro medalhas, mas mais valiosas, com o ouro no madison, por Rui Oliveira e Iúri Leitão, prata também no omnium, ambas no ciclismo de pista, a prata de Pichardo no triplo salto e o bronze de Patrícia Sampaio no judo.

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