A substituição de uma torre de madeira, que já não cumpre as normas, por uma estrutura de alumínio, suscitou protestos.
"A supervisão do estaleiro pelas equipas que utilizam a torre há 20 anos, a abertura do quiosque de informação e a consulta local sobre as questões 'ambientais e patrimoniais' favoreceram o regresso à calma", disse à AFP Barbara Martins Nio, responsável pela organização dos Jogos Olímpicos de Paris, no Taiti.
As obras da torre na praia de Teahupo'o, na ilha francesa do Taiti, no Pacífico, tinham sido suspensas em dezembro, depois de uma barcaça utilizada pelos trabalhadores ter danificado os corais do local.
Os surfistas e ambientalistas locais ficaram indignados com os danos causados aos corais e uma petição online contra o projeto reuniu mais de 200.000 assinaturas.
Os trabalhos de construção de uma torre mais leve e mais baixa do que o previsto já começaram, estando as fundações concluídas e a montagem da torre dos juízes, pré-construída em terra firme, prevista para 11 de março.
Prevê-se que a nova torre de juízes esteja concluída a 13 de maio, a tempo de um evento da Liga Mundial de Surf (WSL) que servirá de ensaio geral para os Jogos Olímpicos.
O Taiti, a cerca de 15.000 quilómetros de Paris, foi escolhido para acolher a segunda competição olímpica de surf da história, com o objetivo de incluir os territórios ultramarinos franceses nos Jogos.
"Atirámos a toalha ao chão", disse à AFP Cindy Otcenasek, presidente da Vai Ara o Teahupoo, uma das associações que se opõem à obra, afirmando que fizeram "tudo o que era possível dentro dos limites da lei".
O evento olímpico de surf está agendado para 27 a 30 de julho, com um possível prolongamento até 5 de agosto, se o swell se atrasar.
A França será representada por dois surfistas polinésios, Kauli Vaast e Vahine Fierro.