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Operação Pretoriano: Instrução arranca na sexta-feira com interrogatório a Madureira

LUSA
Em causa os acontecimentos na AG do FC Porto realizada em novembro de 2023
Em causa os acontecimentos na AG do FC Porto realizada em novembro de 2023Miguel Pereira / Zuma Press / Profimedia
A instrução da Operação Pretoriano arranca na sexta-feira, processo que tem como arguidos Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e mais nove arguidos, acusados de crimes alegadamente cometidos numa Assembleia-Geral do FC Porto.

O início da instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, requerida por alguns arguidos, está marcado para as 09:30, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, segundo um despacho a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira.

O despacho do TIC do Porto indica que, para sexta-feira, estão agendados os interrogatórios de Fernando Madureira, antigo líder da claque Super Dragões, e da sua mulher, Sandra Madureira.

Para 25 de outubro (sexta-feira seguinte), a partir das 09:30, estão marcados os interrogatórios dos arguidos Carlos Nunes, José Pedro Pereira e Fernando Saúl, antigo funcionário do FC Porto.

Neste processo está em causa uma eventual tentativa de a claque Super Dragões “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, realizada em 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da direção” azul e branca, então liderada pelo ex-presidente do clube Pinto da Costa, sustenta a acusação do Ministério Público (MP).

Madureira, que permanece em prisão preventiva, Sandra Madureira e Vítor Catão, mas também os outros arguidos, entre os quais Hugo 'Polaco' e Fernando Saúl, estão acusados de sete crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, 19 de coação e ameaça agravada, um de instigação pública a um crime, um de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.

O arguido Hugo Loureiro está também acusado de detenção de arma proibida.

Na acusação, o MP requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos.

O FC Porto e a SAD do clube azul e branco constituíram-se assistentes do processo.