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Opinião: Isto é o Real Madrid - reis da europa voltam a deixar marcas em solo britânico

O Real Madrid mostrou todo o seu prestígio europeu
O Real Madrid mostrou todo o seu prestígio europeuAFP
Depois de terem começado a perder por 2-0, os jogadores de Carlo Ancelotti mostraram a sua classe e toda a sua experiência na Europa ao vencerem por 5-2 em Anfield. Os reis da Liga dos Campeões voltaram a demonstrar todo o seu poderio.

"O Real Madrid passeia pela Europa como os vikings outrora fizeram, destruindo tudo o que se intromete no seu caminho".

Foi desta forma que o The Times começou o artigo da quinta final da história da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 19 de maio de 1960. Os espanhóis tinham levantado na véspera o seu quinto título da competição, ao vencerem o Eintracht Frankfurt (7-3) em Hampden Park (Glasgow).

A banda de Di Stéfano, Puskás, Gento, Del Sol e Santamaría, entre outros, mereceu o respeito eterno do mundo do futebol e a equipa de branco, por sua vez, colecionou uma alcunha que ficaria para sempre gravada nas memórias dos adeptos merengues e dos seus adversários. O futebol foi inventado pelos ingleses e foram eles que conceberam a alcunha dos pentacampeões europeus: "Los Vikingos".

Na noite desta terça-feira, nas margens do Rio Mersey, os vikings brancos voltaram a atingir a Europa e continuaram uma tradição que perdura desde os anos 50 e 60. Tal como os seus antecessores na Idade Média, a equipa que tem 14 títulos da Liga dos Campeões tem o hábito de ancorar na Grã-Bretanha e devastar tudo.

No ano passado, Stamford Bridge e o Etihad foram palco de dois jogos únicos em que o Real Madrid, em ambas as ocasiões, realizou raras e inigualáveis exibições, com alguns momentos bastante alucinantes. O panenka de Karim Benzema na derrota (4-3) na primeira mão com o Manchester City foi um golo fundamental para a qualificação. Houve ainda jogo no Santiago Bernabéu, e todos sabemos como terminou.

Festejos do Real Madrid
Festejos do Real MadridAFP

Esta terça-feira, os momentos de loucura apareceram com brilhantismo e classe. Este jogo lembra-nos como esta equipa é excecional e que o que conseguiram na época passada foi tudo menos sorte. Isto começa a acontecer com regularidade.

"Disse aos meus jogadores que temos de saber sofrer. Mas, acima de tudo, disse-lhes que tinham de ser capazes de manter a cabeça no lugar. E foi isso que eles fizeram. Jogadores como Benzema e (Luka) Modric são úteis nestes momentos. Eles sabem que uma partida dura 90 minutos".

Instruções simples. Carlo Ancelotti conhece bem o Liverpool e sabia o que esperar. O técnico também conhece a força do seu grupo e sabe que, quando chega a fase a eliminar da Liga dos Campeões, esta equipa veste o seu famoso traje. Ontem, o Real Madrid deu uma lição de auto-sacrifício, bravura, ousadia e talento. Podes estar em vantagem contra o Real na Europa, sem problemas. Mas tens de os colocar fora do jogo, caso contrário eles vão aniquilar-te.

"Ao intervalo, Benzema disse-me que podíamos marcar mais dois ou três golos... e foi isso que aconteceu (risos)", disse Thibaut Courtois aos poucos jornalistas presentes na zona mista de Anfield. Esta afirmação comprova toda a descontração e saber-fazer que o Real Madrid tem adquirido ao longo dos anos. Tudo se torna diferente quando se veste esta camisola.

O navio branco liderado por Ancelotti, "o sábio, traz de volta das terras inglesas um magnífico tesouro antes do jogo da segunda mão: uma vitória por 5-2 que lhes permite colocar pé e meio nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Isto não é Anfield. Isto é o Real Madrid.