Os destaques do 14.º dia de Paris-2024: A final de Pichardo, França de olho no ouro e o sonho americano
Os portugueses em ação
Com o aproximar do final dos Jogos Olímpicos, vão também surgindo as decisões e com portugueses incluídos. Por isso viramos o horário ao contrário para dar nota de quem vai estar a lutar pelas medalhas.
E pode ser um final de tarde de ouro para Portugal no Stade de France. Apostado em revalidar o título conquistado em Tóquio, Pedro Pichardo vai estar presente na final do triplo salto, que começa às 19:13. Com 18,08 metros como melhor marca, o atleta luso só é superado pelo espanhol Jordan Alejandro Diaz (18,18 metros) – com quem teve um bate boca. A decisão do ouro deverá ser entre os dois, numa final que promete ser quente dentro e fora da caixa de areia.
Também Jéssica Inchude vai estar na luta pelas medalhas. A portuguesa entra em ação às 18:37 e tem como claro objetivo chegar às oito melhores. Ainda assim, só Alina Kenzela tem uma marca inferior à portuguesa, numa prova em que a chinesa Jiayuan Song, a canadiana Sarah Mitton e a neerlandesa Jessica Schilder prometem uma luta feroz pelo pódio.
A meio da tarde vamos ter uma estreia. Vanessa Mariana é a representante portuguesa no Breaking. Vai competir contra 671 (China) e Sunny (Estados Unidos da América), no Grupo A, que arranca às 15:07.
Por último, mas que são os primeiros a entrar em ação, João Ribeiro e Messias Batista vão alinhar na segunda série das finais meias-finais de K2 500.
Escalada desportiva
Boulder e dificuldade
9:15 e 11:35, Paris, Le Bourget Climbing Arena
A escalada desportiva conquistou os corações dos adeptos num curto espaço de tempo e as bancadas da Arena Le Bourget estiveram cheias mesmo nas batalhas de qualificação. A penúltima disciplina em que serão distribuídas medalhas é a prova combinada de escalada e boulder de sexta-feira. Aqui surgiu um grupo muito forte de trepadores, que já não se preocupam com a necessidade de escalar para ganhar velocidade, uma vez que o sprint ganhou o seu próprio espaço em Paris, bem como a corrida às medalhas. O soberano das batalhas de qualificação foi o super-talento japonês Sorato Anraku, de apenas 17 anos, que marcou pontos suficientes só na parte de boulder para se qualificar para as finais e, na segunda parte, só teve de se preocupar com a sua posição como último trepador para o último dia.
Dois alpinistas veteranos, o campeão do mundo do ano passado, Jakob Schubert, da Áustria, e o lendário checo Adam Ondra, que começou a carreira em rochas naturais e se tornou famoso pelas suas escaladas no Parque Nacional de Yosemite, também mostraram a sua forma. É a esta dupla que as novas regras são favoráveis. O ouro de Tóquio é defendido por Alberto Gines Lopez, de Espanha, que ficou em quarto lugar nas meias-finais.
A secção de boulder começa às 9:15, seguida da final de escalada de dificuldade às 11:25.
Futebol
França - Espanha, final masculina
17:00, Paris, Parc Princes
Os franceses só ganharam o ouro olímpico no futebol uma vez, em Los Angeles, em 1984, com o lendário treinador Henri Michel. Este ano, em casa, estão no bom caminho para pôr fim a essa espera de 40 anos. Até agora, os adeptos da casa estão satisfeitos: a equipa do emblemático Thierry Henry conseguiu passar o grupo preliminar e os rigores dos quartos de final sem sofrer qualquer golo.
E quando chegou o momento decisivo da meia-final e Mahmoud Saber aproximou o Egipto do jogo da medalha de ouro, Jean-Philippe Mateta voltou a marcar presença. O extremo do Crystal Palace conseguiu empatar o jogo antes do final do tempo regulamentar e marcou o golo da vitória no prolongamento. Foi o quarto golo de Mateta no torneio. Fermin Lopez, que conduziu a Espanha à final, tem o mesmo número de golos. Os finalistas dos últimos Jogos de Tóquio (perderam o jogo da medalha de ouro com o Brasil no prolongamento por 1-2) não tiveram um percurso fácil este ano. Já tinham perdido com o Egito na fase de grupos e o duelo das meias-finais com Marrocos acabou por ser anulado por dois golos no final do jogo.
Atletismo
Estafetas 4x100m masculino
18:47, Paris, Stade de France
O tradicional ponto alto do atletismo olímpico, as estafetas de velocidade, teve uma reviravolta inesperada. A equipa jamaicana não conseguiu passar nas eliminatórias e, apesar de ter evitado a desclassificação por pouco, acabou por fazer apenas o nono melhor tempo (38,45) e ficou fora da luta pelas medalhas. É um duro golpe para a Jamaica num evento que já foi um sucesso (ganhou dois ouros consecutivos na era Usain Bolt). A superpotência do sprint já ficou sem medalha em Tóquio.
A longa espera pela medalha de ouro poderá ser terminada pela equipa dos Estados Unidos da América na sexta-feira à noite. O último triunfo americano na estafeta de 4x100m remonta a 2000. Os americanos fizeram a melhor corrida de qualificação e ficaram a sete centésimos do melhor tempo do ano, com 37,47. Noah Lyles falhou a eliminatória, mas é provável que queira começar na final.
A Itália, atual campeã de Tóquio, também está na luta, com o herói dos últimos Jogos e bicampeão olímpico Marcell Jacobs no alinhamento. Na pista rápida do Stade de France, as estafetas da África do Sul (37,94), da Grã-Bretanha (38,04), do Japão (38,06) e da China (38,24) estabeleceram os seus melhores tempos.