“É das comitivas mais pequenas dos últimos ciclos, mas daquelas com mais hipóteses de medalhas dos últimos anos”, considerou à agência Lusa o coordenador do atletismo adaptado da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
José Silva admitiu que as três pratas conseguidas nos Mundiais Kobe-2024, e outros resultados recentes, “dão bons indicadores” para Paris-2024, onde as competições de atletismo vão decorrer entre 30 de agosto e 08 de setembro, no Stade de France.
Numa comitiva de seis atletas, Portugal leva a Paris Miguel Monteiro, medalha de bronze nos Paralímpicos Tóquio-2020 no lançamento do peso e prata nos últimos Mundiais, Sandro Baessa e Carolina Duarte, que foram também prata nos 1.500 T20 e 400 T13, respetivamente, e ainda Ana Filipe, Carina Paim e Mamudo Baldé.
“Não podemos garantir que seja certa a mesma quantidade de medalhas que tivemos nos últimos Mundiais, em maio, mas temos atletas bem posicionados para lutar pela conquista dessas três medalhas”, disse, alertando: “Não nos podemos esquecer de que os outros países trabalham para o mesmo e estão muito fortes. Pode acontecer, pode não acontecer”.
Depois de dois bronzes no Rio-2016, conseguidos por Luís Gonçalves nos 400 metros T12, e por Manuel Mendes, na maratona T46, e do bronze de Miguel Monteiro, no lançamento do peso em Tóquio-2020,o coordenador de atletismo adaptado da FPA admitiu esperar ainda melhor.
“Estamos confiantes num bom resultado, melhor do que os que tivemos no Rio-2016 e Tóquio-2020, os dois Jogos Paralímpicos já disputados com o atletismo adaptado no seio da FPA”, referiu.
Em 11 participações portuguesas em Jogos Paralímpicos, desde Heidelberg-1972, o atletismo é a modalidade com mais medalhas conquistadas, somando 54, seguido do boccia, com 26, tendo registado subidas ao pódio em todas as edições do evento.
Portugal vai estar representado nos Jogos Paris-2024, que decorrem entre quarta-feira e 08 setembro, por 27 atletas, que vão competir num número recorde de 10 modalidades.