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Paralímpicos: Bronze no ciclismo e recorde no atletismo ofuscam doping

O atleta português Luís Costa posa para a fotografia com a medalha de bronze conquistada na prova de ciclismo de estrada
O atleta português Luís Costa posa para a fotografia com a medalha de bronze conquistada na prova de ciclismo de estradaANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
O ciclismo paralímpico português conseguiu esta quarta-feira em Paris-2024 a sua primeira medalha de sempre, com Luís Costa a terminar com bronze o contrarrelógio de estrada, num dia marcado por um caso de doping, que adiou a estreia no powerlifting.

Em Clichy-Sous-Bois, Luís Costa assegurou a quarta medalha portuguesa nos Jogos Paris-2024, ao percorrer os 28,3 quilómetros da prova da classe H5, em 44.26,32 minutos, ficando a 2.18,81 do vencedor, o neerlandês Mitch Valize (41.01,59).

Aos 51 anos, e na sua terceira participação em Jogos, o ciclista algarvio elevou para 98 o número de medalhas paralímpicas portuguesas, e juntou-se ao lançador do peso Miguel Monteiro, à jogadora de boccia Cristina Gonçalves, e ao nadador Diogo Cancela, no grupo de atletas que já subiram ao pódio em Paris-2024, para receberem dois ouros e um bronze, respetivamente.

No Stade de France, Mamudo Baldé qualificou-se durante a manhã para a final dos 100 metros T54, com novo recorde nacional, marca que lhe teria garantido a prata à tarde.

No entanto, na final, um arranque menos conseguido, fez Mamudo Baldé, de 19 anos, piorar o tempo e ditou o quinto lugar, com um diploma, na final.

Diogo Cancela, que no domingo foi bronze os 200 metros estilos, voltou esta quarta-feira à piscina na Arena Paris La Defense, mas ficou fora da final dos 400 livres, com o 10.º tempo.

De manhã, também em Clichy Sous-Bois, Telmo Pinão terminou na nona posição o contrarrelógio de estrada C1, numa prova em que deu tudo, mas na qual uma saída da corrente pode ter comprometido um resultado melhor.

O dia fica marcado pelo adiamento, por pelo menos quatro anos, da estreia portuguesa em provas de powerlifting, depois de um resultado positivo por doping ter ditado o afastamento da atleta Simone Fragoso do torneio de -41 kg.

Durante a madrugada, o Comité Paralímpico de Portugal anunciou o resultado positivo, num teste feito já em Paris, e fez saber que a atleta iria regressar a Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, Luís Figueiredo, chefe da missão portuguesa, garantiu que a comitiva em Paris-2024 “foi blindada” do “caso isolado de doping” que afastou Simone Fragoso, o primeiro registado numa comitiva portuguesa em Jogos.

Luís Figueiredo mostrou-se convicto de que o caso de doping, que dita a suspensão imediata de Simone Fragoso, não irá afetar nem os resultados, nem a imagem dos atletas.

Na sua conta pessoal no Instagram, Simone Fragoso, que somou três participações paralímpicas como nadadora, admitiu que regressa a casa “sem a sensação de dever cumprido e com uma enorme tristeza”, assegurando que tudo fará para contestar a decisão.