“O primeiro objetivo é atingir as finais para lutarem ambos pelos diplomas”, disse à agência Lusa Ivo Quendera, coordenador técnico de paracanoagem da Federação Portuguesa de Canoagem (FPA), admitindo: “O Norberto tem possibilidades de estar ali nos primeiros quatro ou cinco da frente e lutar pelas medalhas”.
Em Tóquio-2020, Norberto Mourão, de 43 anos, foi medalha de bronze nos 200 metros VL2 e, desde então, conquistou vários bronzes em Europeus e Mundiais, chegando a Paris com o estatuto de campeão continental e um quarto lugar nos últimos Mundiais.
“Vai tentar chegar a uma medalha, como fez em Tóquio. Começa a ser mais difícil, porque tem adversários mais novos e com outras condições, mas é sempre um sonho”, apontou Ivo Quendera.
O outro canoísta português em competição é Alex Santos, que compete na prova dos 200 mtetros KL1, distância na qual foi quinto em Tóquio-2020 e alcançou sempre lugares de top 10 em campeonatos europeus e mundiais no atual ciclo paralímpico.
“O Alex não está no grupo da frente, mas é candidato à final e aos diplomas”, disse Ivo Quendera, garantindo que ambos os canoístas querem “defender bem a bandeira nacional”.
O coordenador técnico da FPA mostrou-se “satisfeito” com as condições da pista do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne em termos de vento, que até podem favorecer Norberto Mourão.
“A pista é boa, muito exposta ao vento, um fator que pode ser limitativo , mas vantajoso, porque os valores de que dispomos referentes ao vento mostram que este pode ser favorável ao Norberto”, disse, explicando: “Estamos a falar de um vento que acaba por, muitas vezes, ser nas costas e tende a ser sempre do lado em que ele pagaia”.
Portugal vai estar representado nos Jogos Paralímpicos Paris-2024, que decorrem entre quarta-feira e 08 setembro, por 27 atletas, que vão competir num número recorde de 10 modalidades.