Paralímpicos: David Araújo fora dos quartos de final do torneio de boccia BC2
O atleta do FC Porto, que perdeu pelos parciais de 1-0, 0-1, 4-1 e 0-1, deixa a competição individual “feliz”, mas “com a sensação de que podia ter feito mais”.
“Estou muito feliz por ter podido competir, foi uma boa prestação, passar a fase de grupos era um dos objetivos, e isso consegui, mas outro dos objetivos era vencer o play-off, e isso não fiz”, referiu David Araújo, de 17 anos, o mais jovem atleta da comitiva portuguesa em Paris.
Na Arena Paris Sul, David Araújo considerou que o “adversário soube aproveitar bem os erros” e assumiu que uma falha no terceiro parcial, que perdeu por 4-1, “pode ter custado o jogo”.
“Nos dois primeiros parciais, dei uma boa resposta, mas depois, no terceiro, um erro mudou o jogo”, disse o atleta, explicando que optou por jogar longo “porque os tailandeses são muito fortes no jogo curto”.
David Araújo garantiu que agora o foco é a prova de equipas BC1-BC2, que ainda vai disputar em Paris-2024, juntamente com André Ramos e Cristina Gonçalves.
“Agora é ‘limpar’ a cabeça, tenho dois dias para descansar e pensar na equipa, na qual quero continuar a dar o meu melhor”, afirmou.
O boccia é uma modalidade exclusiva dos Jogos Paralímpicos, destinada a atletas com deficiência motora (paralisia cerebral em cadeira de rodas, ou doenças neuromusculares), podendo ser disputado individualmente, em pares ou por equipas de três elementos.
Em 11 participações portuguesas em Jogos Paralímpicos, desde Heidelberg-1972, o boccia é a segunda modalidade com mais medalhas conquistadas, somando 26, apenas atrás do atletismo, que lidera, com 54.
Há tês anos, o boccia português viveu em Tóquio-2020 a primeira edição sem subidas ao pódio em Jogos Paralímpicos, desde a sua estreia em 1984.