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Paralímpicos: Djibrilo nem queria acreditar quando ouviu que o bronze era seu

LUSA
Djibrilo Iafa em ação durante a final de Judo -73kg J1
Djibrilo Iafa em ação durante a final de Judo -73kg J1ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
O judoca Djibrilo Iafa confessou esta sexta-feira que “nem queria acreditar” quando o ouviu o treinador gritar “já está”, referindo-se ao bronze conseguido no torneio de -73 kg para cegos totais dos Jogos Paralímpicos Paris-2024

“Nem queria acreditar quando ouvi o treinador dizer ‘já está’. Quase não o ouvi durante o combate, estava muito barulho e tentei desligar-me de tudo e de todos, e focar-me apenas no combate e no adversário”, afirmou o judoca, depois de se impor por wazari ao brasileiro Harley Arruda.

Iafa, que fez história conseguindo a primeira medalha do judo paralímpico português e alcançou o 100.º pódio luso em Jogos Paralímpicos, garante que o mérito do triunfo não é só seu.

“Não foi só mérito meu, é também do meu clube, dos mestres, da minha PT Vanessa Costa, da federação, do comité, de todos”, afirmou, acrescentando: “Dedico esta medalha a Portugal inteiro, à minha família, e em especial à minha mãe. Coitada, acho que ela não conseguiu dormir, e quando sair daqui tenho de lhe ligar para a descansar”.

Djibrilo Iafa, do Clube Judo Total, considerou que o combate com o brasileiro “estava muito dividido” e admitiu ter alterado um pouco a estratégia.

“O combate estava dividido e ele adotou um estilo de judo para me tentar bloquear, quando o que eu queria era um judo mais mexido, para poder aplicar as técnicas que tinha preparado com o meu treinador. Tive que alterar um pouco, estão cá melhores do mundo e temos de nos adaptar aos adversários”, explicou o judoca, que foi nono classificado nos Jogos Tóquio-2020.

Na Arena Champs de Mars, Djibrilo Iafa repartiu o pódio com o alemão Lenart Sass, que também foi bronze, com o checo Yergali Shamey, e com o romeno Florin Bologa, medalhas de prata e ouro, respetivamente.

Iafa começou o caminho para o bronze com uma vitória, por ippon, sobre o turco Gokce Yavuz nos quartos de final, sendo depois derrotado, também por ippon, pelo alemão Lennart Sass, que acabou por também conquistar um bronze, e relegado para as repescagens.

No combate que dava acesso à luta pelas medalhas de bronze, o português derrotou por ippon o francês Armindo Rodrigues, em apenas 21 segundos.

Com o bronze de Djibirlo Iafa, Portugal passa a somar seis medalhas nos Jogos Paralímpicos Paris-2024, nos quais está representado por 27 atletas, que competem em nove modalidades.