Paralímpicos: Organizadores pedem que Paris-2024 desencadeie "revolução da inclusão"
“Há 225 anos, a Praça da Concórdia foi palco central para a Revolução Francesa, espero que hoje, aqui, os Jogos Paralímpicos Paris-2024 desencadeiem uma revolução de inclusão”, disse Andrew Parsons, na cerimónia de abertura do evento, na Praça da Concórdia.
Recorrendo aos valores da Revolução Francesa, o presidente do IPC evocou a liberdade como “o direito de viver livremente, sem opressão”, apelou à igualdade que “todas as pessoas com deficiência merecem, à oportunidade de prosperar e viver uma vida livre de barreiras” e lembrou o sentido de fraternidade: "Somos um, mas não somos iguais. Somos todos da mesma família, a humanidade”.
Parsons assegurou que os atletas que vão competir em Paris, entre os quais 27 portugueses, “querem igualdade para eles próprios, mas também para os 1,3 mil milhões de pessoas com deficiência de todo mundo”, lembrando que essa igualdade é precisa nas salas de aula, nos locais de trabalho e nas artes.
O líder do comité paralímpico pediu ainda que num tempo em que “os conflitos globais crescem, com ódios e exclusões, o desporto seja a cola que a todos une, na busca de um mundo de paz”.
Antes, o presidente do Comité Organizador, Tony Estanguet, lembrou também a revolução francesa, para garantir que, “hoje, França, país do amor, começou a doce e universal revolução paralímpica”.
“Agradeço a todos vós, que com audácia e coragem revolucionam o mundo, com exemplos únicos de superação. Obrigado por darem a Paris a oportunidade única de podermos ajudar a fazer a revolução paralímpica”, reforçou.
Após os discursos, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou abertos os Jogos, que juntam 4.400 atletas, em 22 modalidades, até 08 de setembro.
Portugal, que se apresenta com 27 atletas na competição, esteve representado a nível oficial na cerimónia pelo Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, pelo secretário de Estado do Desporto e secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Pedro Dias e Clara Marques Mendes, respetivamente.