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Paris-2024: Aeroporto franco-suíço de Basileia-Mulhouse evacuado por “razões de segurança”

O aeroporto de Basileia-Mulhouse é terceiro maior aeroporto da Suíça
O aeroporto de Basileia-Mulhouse é terceiro maior aeroporto da SuíçaNurPhoto via AFP
O aeroporto de Basileia-Mulhouse foi evacuado por “razões de segurança”, anunciou esta sexta-feira a plataforma franco-suíça, numa altura em que a rede ferroviária já se encontra gravemente perturbada em França, na sequência de atentados contra infraestruturas ferroviárias.

“Por razões de segurança, o terminal teve de ser evacuado e está atualmente encerrado. Mais informações serão dadas em breve”, refere o aeroporto, situado em França, perto da fronteira com a Suíça.

Numerosas ameaças de bomba levaram igualmente à evacuação de aeroportos em França, na sequência do atentado do Hamas em Israel, a 07 de outubro, e do assassínio, em França, da professora Dominique Bernard, a 13 de outubro, por um antigo aluno acusado de radicalização islâmica.

O aeroporto de Basileia-Mulhouse é terceiro maior aeroporto da Suíça, depois de Zurique e Genebra, e um dos maiores das províncias francesas.

A companhia ferroviária francesa disse hoje que as linhas Atlantique, Nord e Est do comboio de alta velocidade (TGV) foram incendidas de noite, classificando o ato como um ataque massivo, a poucas horas da abertura dos Jogos Olímpicos.

“Vários atos maliciosos simultâneos” afetaram as linhas TGV Atlantique, Nord e Est foram ateados fogos criminosos que danificaram estruturas das linhas de alta velocidade, explicou o grupo ferroviário num comunicado de imprensa.

Como consequência, a circulação dos comboios de alta velocidade (TGV) nestes três eixos está com muitas “perturbações”, tendo sido anuladas algumas ligações entre Londres e Paris, indica a companhia ferroviária francesa (SNCF).

A linha sudeste do TGV, no entanto, “não está a ser afetada”, esclareceu o grupo.

O grupo adverte que a “situação deverá durar pelo menos todo o fim de semana enquanto decorrem as intervenções".

Este ataque ocorre poucas horas antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, quando muitas pessoas pretendem deslocarem-se para a capital.

O Governo de Paris já reagiu e a ministra do Desporto francesa, Amélie Oudéa-Castera, classificou como “um ato de sabotagem” o “ataque massivo” contra a rede ferroviária e disse que autoridades estão a avaliar o impacto nas deslocações e a garantir o transporte das delegações para os locais de competição.

“Jogar contra os Jogos é jogar contra a França, contra o seu próprio campo, contra o seu país”, disse Amélie Oudéa-Castera, em declarações à televisão BFM, sublinhando que os Jogos Olímpicos 2024 foram “preparados com muito cuidado por várias centenas de milhares de pessoas durante quase 10 anos”.

Por seu lado, em conferência de imprensa, o ministro dos Transportes francês, Patrice Vergriete, falou de “consequências muito graves” para o tráfego ferroviário.

Já a presidente da região de Paris, Valérie Pécresse, denunciou “uma tentativa de desestabilizar a França” num dia chave para o país.

Os ataques consistiram em incêndios provocados de forma coordenada em condutas de cabos de energia de sinalização e comunicação.

Os problemas de trânsito vão durar pelo menos todo o fim de semana e ocorrerão não só no dia da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, mas também em dias especiais de partida e entrada de férias.

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou esta sexta-feira ter “plena confiança nas autoridades francesas”, após a sabotagem da rede SNCF, algumas horas antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

“Não, não tenho preocupações”, respondeu o presidente do COI a uma pergunta da imprensa sobre o ataque à SNCF, enquanto assistia à cerimónia de passagem da tocha na Aldeia Olímpica de Saint-Denis. 

“Temos plena confiança nas autoridades francesas. Todas as medidas estão a ser tomadas e as autoridades francesas estão a ser assistidas por 180 outros serviços de informação em todo o mundo”, acrescentou Thomas Bach.