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Paris-2024: Biles amplia colheita dourada, McIntosh repete brilharete

Biles conquistou nova medalha de ouro
Biles conquistou nova medalha de ouroAnadolu via AFP
A retoma plena da ginasta norte-americana Simone Biles e o futuro auspicioso da jovem nadadora canadiana Summer McIntosh saíram reforçados na quinta-feira, sexto dia dos Jogos Olímpicos Paris-2024, que levou Portugal ao medalheiro.

Crucial há dois dias no triunfo dos Estados Unidos no concurso completo por equipas de ginástica artística, Biles manteve o nível na decisão do all-around individual e resgatou o título obtido no Rio-2016, adicionando o sexto ouro e o nono metal olímpico ao palmarés.

Os 59,131 pontos foram suficientes para suplantar a brasileira Rebeca Andrade (57,932), que revalidou a prata, e a compatriota Sunisa Lee (56,465), campeã em Tóquio-2020, ao passo que Filipa Martins, primeira portuguesa numa final do all-around, foi 20.ª (51,232).

Além do 39.º pódio nas principais competições internacionais, Simone Biles isolou-se no terceiro lugar das ginastas mais vitoriosas em Jogos Olímpicos e pode alcançar a checa Vera Cáslavská (sete) e a russa Larisa Latynina (nove) nas finais de salto, trave ou solo.

A recordista de títulos na modalidade, de 27 anos, tinha abdicado de diversas provas em Tóquio-2020 por razões de saúde mental, mas está a voltar com furor ao palco olímpico e acentuou um reinado iniciado pela Team USA no all-around feminino em Atenas-2004.

Os Estados Unidos tiveram mesmo o dia mais proveitoso em Paris-2024, graças a quatro troféus, que lhes proporcionaram uma subida de cinco posições rumo à vice-liderança do medalheiro, no qual acumulam nove ouros, contra 11 da China, líder isolada há 48 horas.

O medalheiro dos Jogos
O medalheiro dos JogosFlashscore

A esgrima, no torneio por equipas femininas de florete, e o remo, na classe masculina de quatro sem timoneiro, também geraram êxitos americanos, tal como a natação, com Kate Douglass (2.19,24 minutos) a ganhar à sul-africana Tatjana Smith por 36 centésimos nos 200 metros bruços, ficando a neerlandesa Tes Schouten com o bronze, a 1,81 segundos.

Sem a espetacularidade da véspera, a quinta jornada de finais na La Défense Arena, na capital de França, voltou a consagrar a canadiana Summer McIntosh, que se impôs com recorde olímpico nos 200 mariposa, após o ouro nos 400 estilos e a prata nos 400 livres.

A jovem, que chegará à maioridade em 18 de agosto, cronometrou 2.03,03 minutos para deixar a americana Regan Smith a 81 centésimos e a chinesa Zhang Yufei, campeã em Tóquio-2020, a 2,06 segundos, pouco antes de ter falhado as medalhas nos 4x200 livres.

O Canadá ficou logo atrás do pódio nessa estafeta, mas sem mostrar andamento para a recordista mundial Austrália, cujo ‘jejum’ de 16 anos em Jogos foi interrompido com uma nova marca olímpica (7.38,08 minutos) ante Estados Unidos (7.40,86) e China (7.42,34).

Mais apertado foi o triunfo do húngaro Hubert Kós nos 200 metros costas, ao concluir em 1.54,26 minutos a única final masculina, que acabou com o grego Apostolos Christou na segunda posição, a apenas 56 centésimos, e o suíço Roman Mityukov em terceiro, a 59.

Kós foi o mais rápido nos 200 metros costas
Kós foi o mais rápido nos 200 metros costasFlashscore

A transição de julho para agosto assinalou a entrada em cena do atletismo, que viu os 20 quilómetros marcha a serem arrebatados pelo equatoriano Brian Pintado (1:18.55 horas), autor de um decisivo ataque na última de 20 voltas, e pela chinesa Yang Jiayu (1:25.54), recordista mundial, embalada antes de metade do percurso para uma prestação solitária.

A prova masculina de tiro de carabina em três posições a 50 metros ajudou igualmente a China a suplantar a dezena de ouros, num dia com 16 novos campeões, mas sem vento suficiente em Marselha, onde a dupla final de vela na classe 49er foi protelada para hoje.

Portugal somou a 29.ª medalha em Jogos Olímpicos, e 15.ª de bronze, ao estrear-se nos pódios de Paris-2024 pela judoca Patrícia Sampaio, que controlou quatro combates e só perdeu com a italiana Alice Bellandi, líder mundial em -78kg e nova campeã, nas meias.

Emotividade e surpresas preencheram o dia no ténis, desde logo com o final do percurso profissional do britânico Andy Murray, de 37 anos, marcado pela conquista de três Grand Slams, bem como um inédito bi olímpico em singulares, em Londres-2012 e no Rio-2016.

A quinta participação olímpica do antigo líder do ranking ATP decorreu ao lado de Daniel Evans, com quem perdeu em pares por 6-2 e 6-4 ante os norte-americanos Taylor Fritz e Tommy Paul.

O quadro de singulares masculinos ficou sem o alemão Alexander Zverev, quarto ATP e campeão olímpico, ao ceder por duplo 7-5 com o italiano Lorenzo Musetti, 16.º, que será opositor nas meias do sérvio Djokovic, segundo do ranking e recordista de majors (24).

Limitada à luta pelo bronze da prova feminina está a polaca Iga Swiatek, primeira WTA e quatro vezes vencedora de Roland Garros, que quebrou uma série de 25 vitórias na terra batida de Paris face à chinesa Zheng Qinwen (6-2 e 7-5), sétima WTA e responsável nos quartos pelo final do percurso profissional da alemã Angelique Kerber, ex-líder mundial.

No boxe, Imane Khelif foi alvo de críticas pela desistência da oponente, a italiana Angela Carini, que deixou o ringue em lágrimas ao fim de 46 segundos de combate, nos oitavos da classe -66kg, face à eventual ausência de requisitos da argelina em provas femininas.

O Comité Olímpico Internacional (COI) veio, em comunicado, defender a participação de Khelif, que já se tinha estreado em Tóquio-2020 e foi mesmo vice-campeã planetária, em 2022, um ano antes de ter sido desclassificada dos Mundiais, ao reprovar em exames de elegibilidade de género não especificados, tornando polémica a passagem por Paris-2024.