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Paris-2024: Campeões olímpicos “sem palavras” para receção “inacreditável” no Porto

LUSA
Iúri Leitão e Rui Oliveira na chegada do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto
Iúri Leitão e Rui Oliveira na chegada do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no PortoLUSA
Os ciclistas portugueses Iúri Leitão e Rui Oliveira, os campeões olímpicos de madison em Paris-2024, assumiram-se esa segunda-feira “sem palavras” para a receção que os esperava no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, após uns Jogos Olímpicos históricos.

Não há palavras. Ao nível de quem é campeão olímpico. Muito bonito ver estes portugueses aqui a festejar connosco. Sinceramente, não (esperava tanta gente). É muito especial, obrigado a todos”, disse Rui Oliveira, aos jornalistas.

Os dois ciclistas, campeões olímpicos de madison, com Leitão a trazer também a prata do concurso de omnium, demoraram a assimilar a receção por mais de um milhar de pessoas.

"É impressionante o que estamos a ver aqui. É inacreditável. (...) É a maior vitória que o ciclismo já teve na nossa história. Nunca chegámos tão alto, especialmente nos Jogos Olímpicos", refletiu Iúri Leitão.

Para o ciclista de Viana do Castelo, de 26 anos, este momento "vai ser uma catapulta muito boa" para a modalidade, tendo os dois recordado a partida, há duas semanas, para Paris, com "um sonho" na estreia olímpica do ciclismo de pista português no masculino, depois de Maria Martins (sétima no omnium) ter inaugurado a participação em Tóquio-2020.

"Há duas semanas estávamos aqui e estava praticamente vazio. Íamos com um sonho, da estreia olímpica da pista, e voltar com o ouro, na corrida mais importante. Não podíamos pedir momento mais bonito", declarou Rui Oliveira, que na terça-feira, "às seis da manhã", embarca para a Dinamarca.

Apesar de tudo, Iúri Leitão recorda que o "grande objetivo" era ficar entre os oito melhores, mesmo que sonhar com a medalha "é algo que todos os atletas façam".

"Trazer duas é indescritível", reconheceu.

Ainda incrédulo, além de quase afónico dos festejos, Rui Oliveira nota os Jogos Olímpicos como "o culminar do sonho de um atleta", depois de outras provas internacionais como Europeus e Mundiais, e trouxeram logo o ouro.

"Ainda não me cabe na cabeça que somos campeões olímpicos. Temos de desfrutar deste momento, espero que todos estejam connosco e não se esqueçam do ciclismo de pista. Em outubro, há Campeonato do Mundo, e ano após ano vamos continuar a tentar crescer", reforçou.

O ciclista de Vila Nova de Gaia, de 27 anos, não deixa de reforçar a necessidade de que a onda de apoio que têm recebido, e que hoje se manifestou no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, continue nos próximos tempos.

"Espero que este seja um pequeno passo para que as pessoas se abram não só ao ciclismo, como às outras modalidades. Continuem a apoiar o ciclismo de pista, continuem a apoiar as outras modalidades, em que também tivemos diplomas. Foi um grupo fantástico. Agradeço a todos, mas continuem a apoiar", insistiu, elogiando a solidariedade entre atletas nacionais: "Se fazemos isto com tão pouco, imaginem que não se lembram só de nós em ano de Jogos Olímpicos para pedirem medalhas". 

Já Iúri Leitão, campeão do mundo e 'vice' olímpico no omnium, foi questionado sobre se gostaria de receber uma receção destas todos os anos, tendo ironizado na resposta para colocar em perspetiva o feito que lograram.

"Se eu conseguisse manter essa consistência, se calhar era um dos melhores da história... Felizmente tenho tido dois, três anos muito bons. Vamos tentar manter o nível, mas é muito complicado", explicou.

O vianense regressou a Portugal no dia seguinte à Cerimónia de Encerramento, no Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris, onde foi porta-estandarte da Missão lusa, ao lado da judoca Patrícia Sampaio, bronze na categoria -78 kg e primeira dos quatro medalhados nacionais.

"O Pedro Pichardo (prata no triplo salto), não estava lá, mas celebrámos o encerramento dos Jogos. Foi uma cerimónia muito bonita e deu para estar com todos os atletas, coisa que não conseguimos (durante as competições). Essa partilha e experiência foi importante", descreveu.