Uma situação complicada que se arrasta há vários meses, com os comerciantes a participarem em diversas manifestações contra aquilo a que chamam uma "regressão social" do setor dos serviços e do comércio.
Uma realidade longe das previsões positivas
"Apesar das previsões otimistas, a atividade está paralisada desde junho e muitos comerciantes registam uma quebra de 30% das receitas em relação aos anos anteriores", denunciam as organizações GHR e Umih (restaurantes e hotéis), bem como a Confédération des commerçants de France, Sneg & co e Culture Nuit (locais de lazer) numa nota conjunta.
As causas do colapso da atividade
"À fuga dos turistas de Paris nesta altura, ao orçamento turístico marcado pela inflação e ao clima desfavorável do início da época, juntam-se um contexto político inquietante e pesadas medidas de segurança (perímetro antiterrorista de Silt, passes dos Jogos, barreiras de todo o tipo) com consequências desastrosas para a economia das nossas empresas", refere o mesmo comunicado.
Levantam-se barricadas no centro de Paris
No centro de Paris e nas margens do Sena, os incómodos para os cidadãos multiplicaram-se nos últimos dias, no meio de labirintos de barreiras, barricadas e restrições de circulação, tendo em vista a cerimónia de 26 de julho, de tal forma que, em alguns casos, se torna mesmo difícil circular a pé ou de bicicleta.
Enquanto os peniches - as famosas barcaças tradicionalmente atracadas ao longo do rio que atravessa Paris - foram desalojados pelas forças da ordem para a aguardada cerimónia ao longo do rio, a Ville Lumière blindada assume um aspeto semelhante ao de Fort Knox, e aqueles que podem pagar deixam a cidade optando pelo "teletrabalho", talvez a partir de estâncias de férias ou residências secundárias.