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Paris-2024: Duplantis cada vez mais alto, Hassan já perdeu a aposta tripla

Duplantis bateu o recorde do mundo pela nona vez em quatro anos
Duplantis bateu o recorde do mundo pela nona vez em quatro anosKMSP via AFP
O sueco Armand Duplantis reforçou esta segunda-feira o seu lugar de grande destaque no atletismo, com o seu nono recorde do mundo do salto com vara, no palco perfeito dos Jogos Olímpicos Paris-2024, no Stade de France.

Em dia de quatro finais olímpicas no atletismo, terminou cedo a aposta de Sifan Hassan, a neerlandesa que corria para ser inédita vencedora feminina dos 5.000 e 10.000 metros e maratona - na mais curta dessas distâncias, em que era campeã, ficou-se pela medalha de prata.

No lançamento do disco e nos 800 metros femininos, não houve surpresas, com a norte-americana Valarie Allman a revalidar o título e a britânica Keely Hodgkinson a não dar hipóteses às rivais quenianas e etíopes.

Pela nona vez em apenas quatro anos, desde que se apossou do recorde do francês Renaud Lavillenie, Duplantis, de apenas 24 anos, junta um centímetro ao recorde mundial, agora para 6,25 metros, na mais previsível das medalhas do atletismo de Paris-2024.

A vitória estava assegurada desde os 6,00 metros, que só ele passou, num percurso limpo iniciado a 5,70 metros.

Cedo ficou claro que Duplantis, nascido nos Estados Unidos, mas que optou pela nacionalidade sueca, da mãe, estava em dia sim, mas antes de atacar o recorde mundial ainda fez um salto intermédio, de execução impecável, a 6,10 metros.

A 6,25, derrubou por muito pouco os dois primeiros ensaios e depois, muito determinado, passou mesmo a fasquia, para delírio de um estádio lotado, em grande contraste com o Estádio Olímpico de Tóquio, onde se sagrou campeão há três anos, esvaziado pelas medidas de prevenção da COVID-19.

Aos 24 anos e, previsivelmente, com dois ciclos olímpicos pela frente, ainda é difícil de perceber os limites do já apontado como o atleta do século.

A medalha de prata foi arrebatada pelo norte-americano Sam Kendricks, o campeão mundial de Londres-2017 e Doha-2019, que superou a fasquia a 5,95, e o bronze foi entregue ao grego Emmanouil Karalis, com 5,90.

Para Sifan Hassan, o bronze dos 5.000 metros, prova em que foi campeã há três anos, tem um sabor amargo porque significa que não alcançará o feito do checoslovaco Emil Zatopek, único campeão de 5.000, 10.000 e maratona nos mesmos Jogos, em 1952.

Resguardada na parte final do grupo, Hassan, de 31 anos, não teve forças para responder com eficácia ao aumento de andamento das quenianas Beatrice Chebet e Faith Kipyegon, inicialmente desclassificada, por um incidente com a etíope recordista mundial Gudaf Tsegay – hoje apenas oitava – e, depois, recolocada no segundo lugar.

Recordista mundial dos 10.000 metros eerceira mais rápida de sempre na distância, Chebet concluiu em 14.28,56 minutos, para alcançar sua primeira medalha olímpica, logo a de ouro.

Nadia Battocletti, campeã da Europa em Roma-2024, terminou na quarta posição e chegou a deter a medalha de bronze, antes de ter sido aceitado o recurso de Kipyegon.

Em alta na carreira está a britânica Keely Hodgkinson, de 22 anos e já campeã, três anos depois de ter sido prata em Tóquio em 2021.

A escocesa, que foi vice-campeã mundial em 2022 e 2023, aplicou a tática de que mais gosta, colocando-se na frente da corrida antes dos 600 metros, para não mais largar a corda.

Com a boa marca de 1.56,72, derrotou a etíope Tsige Duguma (1.57,15) e a queniana Mary Moraa (1.57,42), tirando pleno partido da ausência da anterior campeã, Athing Mu, dos Estados Unidos.

No disco, nada de surpresas, com a norte-americana Valarie Allman a revalidar o cetro, bem acima da concorrência.

Tanto os 69,50 metros da vitória como outros três lançamentos davam-lhe para ganhar, com a chinesa Bin Feng (67,51) e a croata Sandra Elkasevic (67,51 também), prata e bronze, em muito bom nível.