“A luta livre venceu e eu perdi. Os meus sonhos estão destruídos. Adeus luta livre 2001-2024. Sempre estarei em dívida com todos vocês. Sinto muito”, escreveu nas redes sociais.
Depois de vencer a tetracampeã mundial e atual campeã olímpica, a japonesa Yui Susanaki, a indiana afastou a ucraniana Oksana Livach nos quartos de final, por 7-5, e a cubana Yusneylis Guzmán Lopez nas ‘meias’, por 5-0, garantindo uma inédita disputa do ouro.
A United World Wrestling, órgão regulador da modalidade, acabaria por desqualificar Phogat na manhã de quarta-feira, com a comitiva indiana a revelar que o tinha feito pelo facto de Phogat estar 100 gramas acima do peso.
Vinesh Phogat ia ter a oportunidade de ser a primeira mulher da Índia a ganhar uma medalha de ouro olímpica, porém regressou a casa, sem glória ou medalha.
O seu nutricionista tinha revelado que a atleta não dormiu nem comeu, fazendo ainda atividade física durante a noite. Chegou mesmo a cortar o cabelo e a encurtar a roupa para tentar cumprir os limites, mas o seu esforço foi em vão.
A lutadora asiática acabaria substituída pela cubana Guzmán Lopez, que perdeu a final para a norte-americana Sarah Hildebrandt, por 3-0.
A decisão da United World Wrestling de desqualificar Phogat trouxe de volta a discussão sobre os perigos da redução de peso, sendo que vários lutadores, incluindo a nova campeã olímpica, pediram a criação de novas classes de peso para que seja mais fácil adequar o peso.
A competir em categorias entre os 48 e os 53 quilos, Phogat foi duas vezes bronze mundial, em 2019 e 2022, e amealhou o ouro em competições como os Jogos Asiáticos (2018), Campeonatos Asiáticos (2021) e os Jogos da Commonwealth (2014, 2018 e 2022).