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Paris-2024: João Ribeiro e Messias Baptista tristes por falharem a ambicionada medalha

LUSA
Dupla admite que falhou o objetivo, mas orgulha-se da prestação
Dupla admite que falhou o objetivo, mas orgulha-se da prestaçãoCOP
Os canoístas portugueses João Ribeiro e Messias Baptista assumiram esta sexta-feira a tristeza por terem falhado a medalha em K2 500 metros dos Jogos Olímpicos Paris-2024, mas deram os parabéns aos cinco barcos que foram melhores na final.

Campeões do mundo em título na distância, os portugueses foram sextos, em 1.27,82 minutos, numa corrida ganha pelos alemães Jacob Schopf e Max Lemke, com 1.26,87, com João Ribeiro a assumir que vinham para Paris-2024 “com a ambição de levar uma medalha” do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, onde o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, assistiu à prova.

Claramente é a tristeza por não chegar a uma medalha, porque era esse o nosso objetivo. Queríamos muito, trabalhámos muito para estar aqui na nossa melhor forma, acho que estamos superbem. Apenas hoje os cinco barcos foram melhores e quando é assim só temos de dar os parabéns”, disse o mais experiente da dupla, de 34 anos.

Apesar de ter conseguido o seu quarto diploma olímpico em outros tantos Jogos, João Ribeiro assume que, para já, ainda não consegue olhar por esse prisma positivo para a sua participação em Paris-2024.

Claro que agora impera um bocado a tristeza, por não ter chegado à desejada medalha, mas, como é óbvio, passando uns dias, certamente estarei orgulhoso de tudo o que fiz até hoje para representar bem Portugal”, concedeu.

Os seis primeiros classificados da prova de hoje terminaram todos dentro do mesmo segundo, algo que já era esperado por Messias Baptista, pois já tinha acontecido “durante o ciclo olímpico todo”.

Preparámos a prova da melhor forma possível. Viemos para aqui como campeões do mundo. Os outros países claramente que não gostaram; quando não são eles a ganhar, acho que ninguém gosta. Mas fizemos os possíveis, fizemos uma boa prova, ainda não analisámos, não sabemos o que é que podíamos ter feito melhor, mas infelizmente não sorriu para nós hoje e houve cinco barcos que foram melhores e é dar os parabéns a esses cinco barcos”, disse Messias Baptista, de 25 anos.

Depois de terem sido campeões mundiais em 2023, os portugueses viram as outras equipas “reforçar-se para chegarem aqui ainda em melhor forma”, mas João Ribeiro assegurou que fizeram o trabalho e tudo ao “alcance para chegar aqui bem”.

Trabalhámos tudo, sabíamos tudo o que tínhamos de fazer ao milímetro, o que descansar, o que comer, o que fazer para recuperar, o que fazer na competição. Acho que fizemos tudo bem, só que cinco barcos foram melhores que nós”, reiterou.

A dupla lusa pareceu ter arrancado mal e João Ribeiro diz que ainda precisa de analisar a prova, mas sentiu pelo menos que, em relação à dupla do lado esquerdo, saíram “um bocadinho atrás”.

Trabalhámos para fazer a nossa prova, concentrados só no nosso (trabalho), foi isso que nós fizemos, como estava planeado, tudo ao pormenor. Vamos ter que sentar e ver o que é que poderíamos ter feito melhor”, declarou.

João Ribeiro e Messias Baptista juntaram-se para este ciclo olímpico, com o mais novo da dupla a dizer que “só o futuro dirá” se estarão em Los Angeles-2028, mas mostrando vontade de continuar esta parceria.

Claramente que foi um processo, nestes últimos anos, com o João que foi muito bonito, tivemos muitas alegrias, muitas tristezas. Como eu disse só o futuro dirá o que vamos fazer, espero poder continuar a contar com o João, com a experiência dele para o meu futuro”, concluiu.