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Paris-2024: Manuel Grave despede-se com fratura de clavícula e experiência inesquecível

LUSA
Queda explicada pela perda de uma ferradura
Queda explicada pela perda de uma ferradura Profimedia
O cavaleiro português Manuel Grave fraturou a clavícula na queda que sofreu este domingo na prova de cross do concurso completo de equestre de Paris2024, despedindo-se da sua estreia nos Jogos Olímpicos feliz pela experiência mas triste pelo desfecho.

Tenho algumas dores, tive luxação do ombro e fratura de clavícula. Tenho de ser intervencionado agora depois lá em Portugal. A experiência enquanto durou foi muito boa, muito boa. Um ambiente incrível, sensações que nunca tinha sentido em mais lado nenhum, em mais concurso nenhum. De facto, o ambiente dos Jogos Olímpicos é inexplicável”, resumiu.

Depois de ter concluído o dressage no 59.º lugar, com 40,90 pontos de penalização, no sábado, Manuel Grave foi hoje vítima de uma queda quando tentava ultrapassar um dos obstáculos do percurso no Palácio de Versalhes.

Em declarações à agência Lusa, o cavaleiro garantiu também que o cavalo Carat de Bremoy “não tem qualquer tipo de lesão” e já foi “ferrado novamente”, depois de ter sido observado.

Para Manuel Grave, o cross era “a prova mais importante”, por ser a fase “que dá e tira”, ou seja, aquela em que há “mais probabilidade de haver algum acidente, de haver queda”.

É a fase em que podemos ser postos na rua, ser desqualificados com mais probabilidade do que nas outras. Tanto na dressage como nos obstáculos, com mais toque, menos toque, ou uma nota menos boa, é difícil haver uma desqualificação”, notou.

Este domingo, o estreante português teve “um grande azar”, porque, antes do salto em que foi a queda, Carat de Bremoy perdeu uma ferradura.

E eu vi, porque a ferradura rolou à minha frente, e o que me passou na cabeça foi ‘já fiquei sem pitons no cavalo, portanto ele vai-me escorregar o resto do cross todo’”, revelou à Lusa, contando também que, no salto, o cavalo tropeçou.

Mas nem a série de azares faz com que o alentejano de 34 anos não leve de Paris belas memórias da sua estreia olímpica.

Mesmo se voltasse atrás e soubesse que podia não correr bem, viria na mesma. É muito desafiante, são muito emocionantes todos estes dias que cá passamos, e eu procurava isto há muitos anos. Procurava também, obviamente, chegar ao fim com a melhor classificação possível, que isso sim é que me deixaria realizado ao máximo. Mas, pronto, não posso dizer que tenha sido uma má experiência, porque foram dias muito ricos, muito emocionantes, muito, nem sei, muito espetaculares em todos os aspetos”, salientou.

Grave despede-se da capital francesa “muito contente pela experiência, mas, ao mesmo tempo, muito triste pela maneira como correu”.

É tentar, agora, recuperar o mais rápido possível para ver se consigo a classificação para os próximos”, concluiu.