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Paris-2024: Marchand e Ledecky brilham no Olimpo com Biles, Djokovic e Duplantis

Djokovic conquistou a tão desejada medalha de ouro
Djokovic conquistou a tão desejada medalha de ouroAFP
Os nadadores Léon Marchand e Katie Ledecky, a ginasta Simone Biles, a canoísta Lisa Carrington, a cavaleira Isabel Werth, o tenista Novak Djokovic e o saltador à vara Armand Duplantis estiveram entre as maiores figuras de Paris-2024.

Os Jogos Olímpicos tiveram muitos desportistas em destaque, seja por mérito numa só edição ou louvor pelas conquistas de uma carreira, merecendo igualmente referência a maratonista Sifan Hassan, o judoca Teddy Riner, o lutador greco-romano Mijaín López, o ciclista Remco Evenepoel ou as pugilistas Imane Khelif e Lin Yu-ting, mais fortes do que as polémicas em torno do seu género.

A competir em casa, Léon Marchand revelou-se o maior fenómeno de popularidade em França, um novo ídolo nacional quando se tornou no primeiro gaulês a conquistar quatro medalhas de ouro numa só edição dos Jogos Olímpicos.

O jovem de 22 anos venceu os 200 metros bruços, mariposa (estes dois com menos de duas horas de diferença) e estilos, variante na qual também se impôs nos 400 metros na piscina de La Defense, em verdadeiro êxtase.

Cinco anos mais velha, a norte-americana Katie Ledecky levou o ouro nos 800 (primeiro tetra feminino na natação) e 1.500 metros livres – mais uma prata e um bronze – e com isso igualou a mítica ginasta soviética Larisa Latynina como a mulher com mais títulos na história do olimpismo, nomeadamente nove.

Impossível fechar a natação sem referir a jovem prodígio canadiana Summer McIntosh, que aos 17 anos brilhou na meia distância, sagrando-se campeã olímpica dos 200 e 400 estilos e ainda dos 200 mariposa, ouros aos quais juntou a prata nos 400 livres.

Duas outras mulheres atingiram o acumulado de oito ouros olímpicos, designadamente a canoísta neozelandesa Lisa Carrington, de 35, ouro em K1, K2 e K4 500 metros, bem como a cavaleira alemã Isabel Werth, que aos 55 anos ganhou a competição de dressage por equipas, além da prata na prova individual (tem seis segundos lugares nesta variante).

Depois de uma crise de saúde mental durante Tóquio-2020, a ginasta Simone Biles voltou a saborear o ouro, em três ocasiões, no concurso completo (all around) individual e por equipas, bem como no salto. Foi ainda prata no solo, somando um total de 11 medalhas, sete delas de ouro.

Teddy Riner é outro nome endeusado pelos franceses, já que o atleta nascido em Guadalupe há 35 anos venceu a prova de judo de +100 kg e foi decisivo no combate extra que permitiu aos gauleses manter, ante o Japão, o ouro nas equipas mistas: são sete medalhas olímpicas a juntar a 11 títulos mundiais.

Este domingo, no último dia da competição, o atletismo ganhou uma nova diva, a neerlandesa, de origem etíope, Sifan Hassan que ganhou a mítica maratona dias após ser bronze nos 5.000 e 10.000 metros, impondo-se no sprint final à recordista mundial Tigst Assefa para cruzar a meta em 2:22.55 horas, novo máximo olímpico.

Dentro do Stade de France, o sueco Armand Duplantis voltou a dar espetáculo no salto à vara com 30 centímetros de vantagem para o segundo, o norte-americano Sam Kendricks, fechando o concurso com novo recorde mundial, agora fixado em 6,25 metros.

O norte-americano Noah Lyles passou a ser o mais rápido do mundo com o êxito nos 100 metros, com 9,784 segundos, nova marca pessoal, somente cinco milésimos de segundo mais veloz do que o jamaicano Kishane Thompson, na primeira vez na história em que os oito finalistas ficaram abaixo dos 10 segundos.

Depois, nos 200 metros, Lyles acabou em terceiro, com o título a ficar na posse Letsile Tebogo, do Botswana. Pouco depois foi revelado que Lyles estava infetado com covid-19 e acabou, assim, a sua participação nos Jogos.

Julien Alfred causou furor no feminino com triunfo nos 100 metros e dar a Santa Lucia a primeira medalha olímpica da sua história.

Novak Djokovic é o recordista de títulos do Grand Slam, com 24, contudo faltava-lhe o almejado ouro olímpico – foi bronze em Pequim-2008 -, finalmente conquistado, aos 37 anos, ante o jovem prodígio espanhol Carlos Alcaraz, de 21: juntou-se a André Agassi, Rafael Nadal e Serena Williams com os únicos a juntar o ouro nos Jogos aos quatro torneios major.

Feito assinalável o do cubano Mijaín López, pois é o primeiro desportista a conquistar, por cinco vezes consecutivas, o ouro no mesmo evento individual, na luta greco-romana na classe dos 130 quilos: a dias de completar 42 anos, tirou as sapatilhas e deixou-as no tapete, anunciando a sua despedida.

Não podia ficar de fora o ciclista belga Remco Evenepoel que aos 24 anos conseguiu o feito inédito de ser o mais rápido tanto na prova de fundo como no contrarrelógio.

A pugilista Imane Khelif (-66 kg) terá sido a atleta mais mediática de Paris-2024, após surgir uma enorme polémica quanto à sua identidade de género, que também afetou a taiwanesa Lin Yu-ting (-57 kg).

Apesar de muita controvérsia, reações das mais altas instâncias e discussões acesas nas redes sociais, que envolveram até figuras políticas internacionais, ambas conseguiram chegar ao título olímpico.