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Paris-2024: Moscovo sem informações sobre russo acusado de tentar desestabilizar evento

Patrulha militar junto ao rio Sena
Patrulha militar junto ao rio SenaAFP
A Rússia disse esta sexta-feira que não foi informada pelas autoridades francesas da detenção de um cidadão russo, suspeito de querer “desestabilizar” os Jogos Olímpicos de Paris em nome de Moscovo e que foi colocado na terça-feira em prisão preventiva.

"Não recebemos nenhuma informação. Vimos as informações nos meios de comunicação social", declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

Segundo Peskov, a embaixada russa em Paris deveria ter sido informada da detenção, mas não o foi.

“Esperamos que (a detenção) seja informada” às autoridades russas, acrescentou o porta-voz.

Na terça-feira, uma investigação foi aberta pelo Ministério Público francês contra um cidadão russo acusado de ser agente de uma “potência estrangeira com o objetivo de provocar hostilidades em França”, um crime que pode levar a uma pena de até 30 anos de prisão.

Na casa do suspeito, "nascido em maio de 1984 na Rússia", segundo a acusação, foram descobertos "elementos que sugeriam a sua intenção de organizar ações que poderiam levar à desestabilização durante os Jogos Olímpicos" de Paris, que arrancam esta sexta-feira na capital francesa e que se prolongam até 11 de agosto.

Segundo avançaram vários media internacionais, incluindo o jornal francês Le Monde e a revista alemã Der Spiegel, o homem é suspeito de ser um agente do Serviço de Segurança Federal russo (FSB, o serviço de segurança russo que sucedeu ao KGB).

Identificado pelos media internacionais como Kirill Griaznov, o homem apresentava-se como um chef formado numa escola de culinária parisiense. Terá ainda trabalhado no setor financeiro e participado em dois reality shows na Rússia, segundo as mesmas fontes.

O jornal Le Monde também referiu que homem sofre de problemas de alcoolismo.

Não foram divulgados pormenores sobre a natureza dos planos do suspeito, que presumivelmente não estarão relacionados com terrorismo, uma vez que a investigação do caso não foi atribuída à Procuradoria Nacional antiterrorismo.

Nos últimos meses, a Rússia tem sido suspeita de várias operações de desestabilização, algumas das quais atraíram uma atenção mediática considerável em França, num contexto de deterioração das relações entre Paris e Moscovo desde a invasão da Ucrânia por forças russas em fevereiro de 2022.

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