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Paris-2024: O ex-campeão Golovkin está do lado da World Boxing para manter o desporto nos Jogos

Gennady Golovkin de volta em 2018
Gennady Golovkin de volta em 2018Joe Camporeale - USA TODAY Sports
O ex-campeão mundial de pesos médios Gennady Golovkin vai confiar no seu poder de persuasão e não nos seus temíveis punhos para convencer a federação de boxe do Cazaquistão de que o Boxe Mundial é a melhor esperança para manter a modalidade no programa olímpico.

Recentemente nomeado presidente do Comité Olímpico Nacional do Cazaquistão, o ringue político pode não ser familiar para Golovkin, mas com o futuro do boxe como desporto olímpico nas cordas, ele está a encarar o combate como um dos mais importantes da sua carreira.

Golovkin disse à Reuters que iria pressionar a federação de boxe do país a juntar-se à World Boxing, apoiada pelos Estados Unidos da América, que foi lançada em abril do ano passado como uma alternativa à Associação Internacional de Boxe, liderada pelo russo Umar Kremlev.

Por não ter conseguido concluir as reformas em matéria de governação, finanças e questões éticas, a IBF foi destituída do seu reconhecimento pelo Comité Olímpico Internacional em junho último.

Os torneios de boxe dos Jogos Olímpicos de Paris, este verão, estão a ser organizados pelo COI, mas este já afirmou que não o fará nos Jogos de Los Angeles, em 2028. O Comité Olímpico Internacional instou as federações nacionais a decidirem sobre um sucessor da IBA, o mais tardar, no próximo ano, sob pena de o boxe não participar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

"Nós, pela nossa parte, estamos a tentar convencê-los (federação de boxe do Cazaquistão) a aderir à World Boxing e tentamos insistir nisso", disse Golovkin, através de um intérprete: "Estamos a tentar fazer isso e vamos tentar continuar a pressioná-los para que tomem essa decisão. É a federação de boxe do Cazaquistão que toma esta decisão e é a sua liberdade de escolha. A decisão é deles. Não tenho qualquer peso do ponto de vista legal, não posso influenciar a decisão da federação e eles estão a passar pelo seu próprio processo."

Outrora considerado o melhor pugilista do mundo e um herói desportivo no Cazaquistão, Golovkin minimizou a sua influência, salientando que existem múltiplos interesses em qualquer resultado. Mas dadas as recentes decisões do COI e do Tribunal Arbitral do Desporto a favor de Golovkin, só há um caminho a seguir.

Depois de ter falhado o recurso ao CAS para anular a decisão do COI de deixar de o reconhecer, a IBF fez esta semana um último apelo ao Tribunal Federal Suíço para investigar se a decisão do tribunal desportivo era ilegal.

"Com a continuação das audiências em tribunal, só prejudica os atletas", disse Golovkin, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, que registou um recorde profissional de 42 vitórias (37 por KO), duas derrotas e um empate: "Estamos ao lado dos atletas porque queremos que o boxe continue a fazer parte do programa olímpico. Ao mesmo tempo, o COI já tomou uma decisão e publicou os requisitos e a orientação e, do ponto de vista do COI, é claro que passos têm de ser dados para manter o boxe no programa olímpico."