Paris-2024: Presidente da Câmara de Paris acusa Emmanuel Macron de "estragar a festa"

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Paris-2024: Presidente da Câmara de Paris acusa Emmanuel Macron de "estragar a festa"

Anne Hidalgo em Paris, a 19 de junho
Anne Hidalgo em Paris, a 19 de junhoAFP
O presidente francês, Emmanuel Macron, corre o risco de "estragar este belo momento" e "estragar a festa" ao provocar uma "eleição decidida à pressa" tão perto dos Jogos Olímpicos, acusou a Presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, numa entrevista ao jornal Ouest-France, esta quarta-feira.

A dissolução súbita da Assembleia Nacional, anunciada pelo Chefe de Estado na noite de 9 de junho, deverá conduzir à definição de um novo equilíbrio parlamentar no domingo, 7 de julho. A cor do governo francês que surgirá, a menos de três semanas da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, continua incerta.

"Num gesto de maltrato para com os franceses, o Presidente está a estragar a festa", queixou-se a autarca socialista ao diário regional.

"Trata-se da união da humanidade em torno do desporto. Porquê estragar este momento maravilhoso com esta eleição decidida à última hora, sem consultar ninguém? A minha responsabilidade (...) (é) fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que os Jogos sejam um momento de harmonia e de festa, não de violência", sublinhou Hidalgo.

Se os resultados eleitorais permitirem que o Rassemblement National, que lidera as sondagens, e Jordan Bardella se tornem primeiros-ministros, este último não estará em "nenhuma fotografia" com a política socialista, avisou Hidalgo.

"O Primeiro-Ministro não tem qualquer papel na organização e no desenrolar dos Jogos Olímpicos", explicou.

Entretanto, seja qual for o resultado das eleições legislativas, Anne Hidalgo quer garantir a todos que os Jogos Olímpicos vão realizar-se: "Paris está pronta para acolher os seus Jogos e a celebração olímpica".

"Já está tudo organizado, todos estão nos seus postos", declarou Gérald Darmanin, Ministro do Interior francês, numa entrevista ao diário Le Parisien, esta quarta-feira.

"Não haverá dificuldades particulares, a não ser que alguém decida pôr em causa esta organização ou não tenha confiança nos prefeitos, polícias ou gendarmes", acrescentou.