Tratou-se de um ato simbólico para mostrar que o rio, que deverá desempenhar um papel importante nos Jogos, está em boas condições e que a sua limpeza não é posta em causa.
Vestida com um fato de banho, Hidalgo deu um mergulho no Sena perto da Câmara Municipal e da Catedral de Notre Dame. A Presidente da Câmara já tinha anunciado que o faria, mas adiou a data devido às eleições legislativas antecipadas e, desde o final de junho - segundo as autoridades locais - o estado bacteriológico do Sena melhorou, embora anteriormente tivessem sido encontradas bactérias coliformes, entre outras, na água.
Hidalgo seguiu os passos da ministra francesa dos desportos, Amelie Oudea-Castery, que nadou no Sena no sábado com um fato que cobria todo o corpo.
O nível de poluição no rio, onde se realizam a cerimónia de abertura, o triatlo e as provas de natação em águas abertas, entre outras, tem sido um tema importante durante os meses que antecedem os Jogos.
Desde 2015, os organizadores investiram fortemente - mais de mil milhões de euros - na preparação do Sena para a competição olímpica e na garantia de um rio mais limpo para os parisienses nos anos seguintes ao evento. O plano incluiu, entre outras coisas, a construção de um gigantesco reservatório subterrâneo de água no centro de Paris, a renovação das infra-estruturas de esgotos e a modernização das estações de tratamento de águas residuais.
Apesar das promessas repetidas regularmente pelos políticos, a natação no Sena é oficialmente proibida há mais de um século. Jacques Chirac, antigo Presidente francês, fez declarações semelhantes aos organizadores dos Jogos em 1988, quando era Presidente da Câmara de Paris, mas estas não se traduziram na limpeza do rio, um dos símbolos da capital francesa.
Os Jogos Olímpicos de Paris realizar-se-ão de 26 de julho a 11 de agosto.