Paris-2024: Primeiro-ministro acredita nas quatro medalhas olímpicas mas recusa pressionar atletas
“O meu desejo é que ainda possamos superar as quatro (medalhas) mas isso é o desejo de qualquer português. Acho que não temos que colocar mais pressão em cima daquela, que já é muita, com a qual os atletas, mesmo os mais experientes, como é o caso de Fernando Pimenta, estão habituados a lidar”, considerou Luís Montenegro, em Paris, França, depois de ter sido interrogado sobre o objetivo traçado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP).
O chefe do executivo falava aos jornalistas momentos depois de ter assistido à prova dos canoístas portugueses João Ribeiro e Messias Baptista que foram esta sexta-feira sextos classificados na final da prova de K2 500 metros dos Jogos Olímpicos Paris-2024.
O primeiro-ministro considerou que o sexto lugar dos dois atletas portugueses foi “histórico”, mesmo sem medalha olímpica.
“Eles trabalharam, sacrificaram-se para serem bons, para serem os melhores, para estarem no topo e é esse espírito que temos que espalhar por tudo aquilo que é o nosso potencial, seja neste caso no desporto mas isto vale também para economia, serviços públicos, cultura para todas as áreas de atividade onde temos que superar os obstáculos, dificuldades e fazer melhor que os outros”, defendeu.
Luís Montenegro reiterou o “reconhecimento e gratidão” do Governo pelo esforço dos atletas portugueses e assegurou que o executivo cá estará “nos próximos anos para tentar dar os meios necessários para desenvolver este potencial”.
“Porque a partir de determinado nível quando se chega à alta competição o potencial por si só do atleta já não é suficiente, são precisas condições de treino, de acompanhamento, (…) Isto como se viu agora decide-se em detalhes e os detalhes tratam-se com muito esforço. Como se costuma dizer a sorte dá muito trabalho”, realçou.
Montenegro assegurou que o desporto “é uma politica pública que este governo privilegia” e salientou os benefícios físicos e mentais da prática desportiva.
Enquanto falava aos jornalistas, o chefe do executivo usava o polo oficial da seleção olímpica portuguesa, que homenageia os bordados minhotos, algo que confessou ser propositado.
“Vim propositadamente vestido com o equipamento oficial para dizer que estou aqui de corpo e alma, vestindo a camisola com os atletas”, afirmou.