Vestida com o uniforme preto da Coreia do Sul, um boné e óculos de tiro com armação de metal, a atiradora Kim Ye-ji, de 31 anos, aparentava uma calma excessiva em vídeos que a mostravam, juntamente com outra atiradora, a garantir as duas melhores pontuações em Paris no domingo, com Oh Ye-Jin a ficar com o ouro.
Após a sua medalha de prata, um vídeo de 27 segundos viralizou. Kim manteve o mesmo semblante, apontando, disparando e alcançando um novo recorde, durante o Mundial de Baku celebrado em maio.
O vídeo, que parece ter viralizado primeiro no Reddit, recebeu comentários que indicavam equivocadamente que se tratava da atuação de Kim nos atuais Jogos Olímpicos.
Mesmo que a rede social X tenha indicado em várias publicações que o contexto estava equivocado, o vídeo continuou a viralizar com outras imagens de Kim em Paris.
A protagonista foi rapidamente descrita como "a estrela com o estilo mais frio destes Jogos" pela revista de moda GQ.
"A primeira atleta olímpica a aparecer no Centro de Tiro Desportivo Chateauroux parece uma moderna assassina de ficção científica com roupa desportiva", disse a GQ.
Um dos utilizadores que compartilhou o vídeo acrescentou que Kim tinha "energia para ser protagonista principal", e a sua publicação foi vista mais de 28 milhões de vezes num dia.
Até o proprietário do Twitter/X, Elon Musk, comentou a performance de Kim.
"Vou ganhar o ouro"
Kim, número 1 no ranking mundial de 10 metros com pistola de ar e quarta em 25 metros, vai competir de novo esta semana em Paris, na sexta-feira.
Para a sul-coreana, que define "dormir" como uma de suas paixões, os 25 metros são a sua especialidade.
"Estou sempre confiante... Eu, Kim Ye-ji, ganharei o ouro, aconteça o que acontecer", disse aos jornalistas.
Kim declarou à imprensa sul-coreana que desejava falar com a sua filha de cinco anos quando acabassem todas suas provas.
Ao ser questionado sobre o que gostaria de lhe dizer, respondeu que falaria de sua recente popularidade: "Acho que fiquei um pouco famosa".
A Coreia do Sul domina o tiro desportivo no Jogos Olímpicos e as suas atiradoras ganharam todos os ouros desde que esta modalidade se estreou em Seul-1988.
Os atletas masculinos sul-coreanos que ganharem medalhas em Jogos Olímpicos podem evitar o serviço militar, que não é obrigatório para mulheres no país.