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Paulinho: "Claro que gostava de estar no Mundial mas agora é apoiar a Seleção"

Mário Rui Ventura
Paulinho esteve numa sessão de autógrafos com Rochinha
Paulinho esteve numa sessão de autógrafos com RochinhaSporting CP
Paulinho, avançado do Sporting, estava nos 55 pré-convocados de Fernando Santos para o Campeonato do Mundo mas acabou por ficar de fora da escolha final de 26 nomes para a Seleção Nacional no Catar. Aos 30 anos, com três internacionalizações e dois golos, o avançado dos leões garante que a única forma de estar no Europeu, em 2024, é... trabalhar.

"Claro que gostávamos de estar todos no Mundial, mas agora acho que é importante nós, como país, independentemente de sermos jogadores ou não, estarmos todos a apoiar a seleção. Deixamos tudo de lado, todas as questões de poder ir ou não, e apoiamos a Seleção", afirmou Paulinho, esta segunda-feira, à margem de uma sessão de autógrafos em Alcochete, onde esteve acompanhado por Rochinha.

"O favoritismo é bocadinho relativo, mas acho se olharmos para a história de Portugal, nunca vimos um conjunto de jogadores a jogar em tão boas equipas a nível europeu. Não somos favoritos, mas temos uma excelente equipa que nos faz sonhar", elogiou o avançado do Sporting, que mantém a esperança num regresso à equipa das quinas.

"Agora tenho de apostar no próximo jogo, para o Europeu ainda falta muito, agora é o Sporting e o meu trabalho aqui que me vai dar oportunidade ou não para ir ao Europeu", explicou, sem querer comentar o tema do momento, ou seja, a entrevista de Cristiano Ronaldo a Piers Morgan: "Não vi o que ele disse, mas acredito que ele queira o melhor para a seleção."

"É a bola entrar, é isso que tem faltado"

Para lá da Seleção Nacional, o Sporting continua a competir, agora exclusivamente na Taça da Liga, onde Paulinho espera corrigir aquilo que mais tem faltado aos leões: a eficácia.

"É a bola entrar, é isso que tem faltado, não há muito mais a dizer. Temos de treinar, trabalhar para isso, é isso que andamos a fazer", afirmou Paulinho, que comentou esta paragem repentina de temporada.

"Para mim também é a primeira vez, não é fácil dizer. Estamos a treinar, temos de encarar agora a Taça da Liga como se fosse o campeonato, temos de ganhar. Mas mesmo assim é estranho não termos os nossos colegas todos e ao mesmo tempo haver uma competição como um Mundial a decorrer", assumiu o avançado do Sporting, que vê algumas vantagens nesta súbida mudança de realidade.

"Acho que a paragem pode ser boa porque temos mais tempo para treinar, mas também estávamos a viver um crescendo. Agora parando, vamos ter tempo para treinar, para melhorar e temos de continuar", referiu Paulinho, que tem sido um dos jogadores mais falados devido à falta de eficácia dos leões.

"Sinto-me é muito acarinhado no Sporting, mesmo quando marquei agora os golos que foram anulados pelo VAR, o estádio acabou por demonstrar o carinho que tem por mim. É isso que sinto, somos todos acarinhados", defendeu o avançado que, confrontado com a possibilidade do Sporting ir ao mercado em janeiro, e ter um avançado como prioridade, desdramatizou.

"Isso não controlamos, temos de ter consciência dos que estão, são os que têm de fazer pela vida, trabalhar, jogar pelo Sporting, dar o seu melhor. O resto são coisas que nos ultrapassam", disse o avançado, que espera ver um leão em crescendo a partir de agora.

"Acredito que sim. Acima de tudo, espero que seja muito melhor para o Sporting, é nisso que estou focado. Não estou muito interessado no aspeto individual, nem eu, nem os meu colegas podemos estar, porque nós somos melhores quando a equipa está melhor. Acima de tudo é o Sporting estar bem, depois a questão individual vem por acréscimo", referiu Paulinho.