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Paulo Bento: "Roberto Martínez é um treinador de qualidade"

Mário Rui Ventura
Paulo Bento liderou Coreia do Sul no Mundial e confirmou que não aceitaria voltar a ser selecionador de Portugal
Paulo Bento liderou Coreia do Sul no Mundial e confirmou que não aceitaria voltar a ser selecionador de PortugalAFP
Paulo Bento, treinador português de 53 anos, deixou o cargo de selecionador da Coreia do Sul depois do Mundial-2022, onde defrontou e venceu Portugal, na fase de grupos.

"Defrontar Portugal foi mais difícil do que a ausência do banco. Tenho gente muito competente comigo para o poder fazer como o fizeram", lembrou Paulo Bento, que esta quinta-feira foi entrevistado na RTP3, recordando que falhou a partida diante da Seleção Nacional devido a castigo, depois de ter sido expulso com o Gana.

"Desde o início do sorteio que eu disse que seria um jogo diferente. É a primeira vez que ia defrontar o meu país. Não é comparável a estar num clube e ir defrontar esse mesmo clube. Os sentimentos são diferentes. À medida que se vai aproximando o jogo, esse sentimento vai aumentando. O sentimento é diferente. Do ponto de vista profissional, foi preparado da mesma maneira. Era um jogo extremamente importante para nós, decisivo", acrescentou Paulo Bento.

Atualmente desempregado, depois de ter deixado a Coreia do Sul, Paulo Bento assumiu que não estaria disponível para regressar ao comando técnico de Portugal, onde esteve entre 2010 e 2014.

"Nesta altura não equacionaria. Depois, logo veremos. Não creio que fosse altura para voltar", explicou Paulo Bento, que comentou a escolha de Roberto Martínez, treinador espanhol de 49 anos.

"O mais importante do meu ponto de vista é as pessoas acreditarem naquilo que contratam. A Federação acredita no treinador que contratou. Para mim, é um treinador de qualidade e que, obviamente, com a matéria-prima que tem, pode fazer um trabalho de qualidade na Seleção Nacional", afirmou Paulo Bento, que criticou quem questiona o treinador pela sua nacionalidade.

"Argumento de ser estrangeiro? Para ser simpático, é uma situação que para mim não tem sentido. Podemos avaliar a qualidade do treinador, aquilo que é o seu trabalho e o que pode vir a oferecer à equipa. E não a nacionalidade. Não temos esse direito. Treinamos clubes e seleções estrangeiros. Era uma falta de bom senso criticar quem quer que fosse por escolher um estrangeiro para orientar a Seleção Nacional", disse Paulo Bento.