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Paulo Freitas "zangado" com a equipa, Girão admite não ter aguentado o peso da despedida

Portugal ficou fora do pódio no Mundial
Portugal ficou fora do pódio no MundialFPP
Declarações após o jogo Itália-Portugal (3-2), de atribuição dos terceiro e quarto lugares do Mundial de hóquei em patins, disputado hoje em Novara, Itália:

Paulo Freitas (selecionador de Portugal):

“Se ontem (sábado) era um sentimento de grande frustração (após derrota com Espanha nas meias-finais, no desempate por penáltis), hoje estou mesmo zangado. Estou mesmo zangado e tive oportunidade de lhes dizer isso (aos jogadores) agora no balneário, porque tenho de ser muito frontal e muito claro com todos eles.

Não vou agarrar-me ao facto de ser um jogo difícil de disputar – isso é inquestionável, é um jogo difícil de disputar -, e também não vou agarrar-me ao facto de ter sido um jogo carregado de muita emoção no balneário, que eu reconheço que também criei, ao proporcionar este momento de ele (Ângelo Girão, na despedida da seleção) entrar de início e sair para entrar o Xano. Zangado porque acho que ao longo dos 50 minutos nós podíamos e devíamos ter feito mais. Claramente podíamos ter sido uma equipa melhor dentro de pista, podíamos ter feito muito mais e devíamos ter ganho este jogo.

Fundamentalmente, muito desiludido com este quarto lugar, mas de consciência tranquila por aquilo que aportei, de consciência tranquila relativamente àquilo que foi o trabalho desenvolvido. E agora há que refletir, refletirmos todos, os atletas e também o staff.

Assumo a responsabilidade deste quarto lugar. Ponto. Este era o grupo. E a partir de agora há que observar, há que analisar, há que perceber comportamentos, (sempre valorizando) a meritocracia. Este espaço é um espaço que não está fechado a ninguém, enquanto eu aqui estiver, é preciso é reunir um conjunto de características que encaixem neste espaço de rendimento que nós queremos sustentar, implementar e levar adiante".

Leia aqui a crónica

Ângelo Girão (guarda-redes que se despediu da seleção):

“Ontem (sábado) foi duro, foi muito duro, não estava preparado psicologicamente para perder aquele jogo contra a Espanha (nas meias-finais). Acho que nenhum de nós estava, mas eu, por ser o último, pus muitas esperanças e pus muito de mim nesta caminhada para que corresse tudo bem. E hoje a queda foi brutal.

Não consegui no balneário (antes do jogo) aguentar-me. Quebrei claramente e penso que isso também pode ter sido um fator de perturbação para a equipa, porque tínhamos um jogo importante. Ainda tentámos durante o jogo o tudo por tudo, mas infelizmente não conseguimos. Aquilo que queríamos era estar na final. Este jogo era muito difícil de disputar, mas sabíamos que estava uma medalha em jogo, e falhámos claramente. Tanto o objetivo de ontem como o de hoje.

(balanço da carreira ao serviço da seleção) O balanço é positivo quando se ganha títulos. Não ganhámos tantos títulos como aquilo que nós desejávamos. Ainda ontem comentámos que estivemos em demasiadas finais, estivemos demasiadas vezes perto de ganhar, e não conseguimos. E a culpa não pode ser sempre de fatores alheios. Esta geração teve mais do que oportunidades para ganhar e por alguma coisa não conseguimos. Se olharmos sempre para o fator sorte, para o fator árbitro e para todas as outras condicionantes, estamos aqui a tapar o sol com uma peneira. Acho que esta geração tinha mais do que qualidade para ganhar mais títulos. Fica um amargo de boca, pelo menos para mim, agora que acaba esta viagem, porque devíamos ter conquistado mais títulos”.