Recorde aqui as incidências do encontro
Para o Vizela, o objetivo da permanência estava praticamente assegurado depois da vitória no terreno do Estoril Praia (0-3) e, por isso, a equipa entrou sem pressão, com três alterações relativamente ao último onze. Regressaram Tomás Silva, Anderson Jesus e Claudemir para os lugares de Igor Julião, Wilson Valdez e Pedro Ortiz.
Por outro lado, o SC Braga queria apanhar o comboio dos dois primeiros e manter-se na perseguição ao segundo lugar ocupado pelo FC Porto. Ainda antes do apito inicial, Artur Jorge sofreu um contrariedade devido à lesão de Tormena, chamando ao eixo a parelha Saatci-Niakaté e mantendo as escolhas da vitória caseira sobre o Rio Ave (2-0).
Uma demora inexplicável
Apesar de ter abdicado da posse de bola, o Vizela entrou melhor no encontro e desde cedo ameaçou a área contrária. Samu deu o primeiro aviso e Kiko Bondoso ficou perto de fazer um dos golos da jornada ao furar pela área deixando adversários para trás, antes de rematar para um grande corte de André Horta.
Os arsenalistas eram inconsequentes e inofensivos no último terço, só de livre direto Ricardo Horta conseguiu visar a baliza adversária, ainda assim para defesa atenta de Buntic. Até que aos 37 minutos, surgiu mais um daqueles lances inexplicáveis e indicadores de que a tecnologia só funciona se os humanos souberem o que fazer com ela.
O Vizela ficou a pedir uma grande penalidade, embora no início da jogada exista fora de jogo claríssimo de Osmajic. Por algum motivo, o jogo ficou parado cerca de seis minutos, com Artur Soares Dias a ter que ir consultar o monitor para assinalar o que já toda a gente sabia: a posição adiantada do avançado.
A pausa quebrou o (bom) ritmo do jogo e revelou-se fatal para os vizelenses. Logo no reatamento, Al Musrati aproveitou uma bola solta à entrada da área para disparar rasteiro, auxiliado pelo desvio num defesa, e inaugurar o marcador. O líbio fez o quinto golo esta época, o seu melhor registo até agora.
Kiko Bondoso ainda ficou perto de igualar logo a seguir num lance semelhante, mas Matheus estava atento e amarrou o esférico.
Um toque de classe para abrir, dois disparos para fechar
Uma das melhores formas de conseguir um bom resultado fora de portas é saber como silenciar os adeptos da casa e a melhor solução para isso é nem sequer dar hipótese de entrarem no jogo. Foi isso que fez o SC Braga no recomeço. A bola rodou do flanco esquerdo para o direito, onde Victor Gómez serviu Medeiros na área, o extremo fez um túnel ao adversário com o pé direito e com o esquerdo rematou em arco ao segundo poste.
O sempre inconformado Kiko Bondoso tentou responder de imediato numa fuga pelo lado esquerdo e fez um passe atrasado para o remate de recurso de Nuno Moreira, que saiu muito perto do poste.
O jogo e a vantagem eram confortáveis, mas os minhotos continuaram a pressionar alto e foram recompensados com mais um golo. Numa dessas ocasiões, André Horta roubou o esférico a Claudemir, triangulação de Ruiz para Bruma lançar Horta na área, o médio fez um passe horizontal, Ruiz deixou passar e, ao segundo poste, Iuri Medeiros dominou e fuzilou para o 0-3.
O desalento vizelense era notório, mas os jogadores não desistiram e continuaram a ameaçar a baliza de Matheus com remates de meia distância. A pontaria estava desafinada, ao contrário dos bracarenses que aproveitaram para somar mais um tento.
Aos 75 minutos, Al Musrati teve espaço para decidir e Ricardo Horta para armar o remate. A defesa esqueceu-se do melhor marcador de sempre dos arsenalistas, o líbio picou para a área e o internacional português, de primeira, dilatou o resultado.
Homem do jogo Flashscore: Al Musrati (SC Braga).
