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Piloto Ivo Lopes encara com ambição "experiência difícil" no Mundial de Superbike

Ivo Lopes foi contactado para substituir o britânico Tarran McKenzie
Ivo Lopes foi contactado para substituir o britânico Tarran McKenzieProfimedia
O piloto Ivo Lopes assumiu esta sexta-feira que a sua participação no Mundial de Superbike, que decorre em Portimão até domingo, será uma “experiência difícil”, mas ao mesmo tempo uma oportunidade para ter continuidade neste campeonato.

O piloto português, que é bicampeão em Espanha, foi contactado para substituir na prova o britânico Tarran McKenzie, que ainda se encontra a recuperar de um acidente, e vai agora enfrentar o desafio de pilotar uma Honda pela primeira vez.

“É uma experiência difícil, porque nunca pilotei uma Honda. Vai ser a minha primeira vez, mas vamos aproveitar a oportunidade e ver o que é que acontece”, afirmou à Lusa o piloto, que corre pela BMW no campeonato espanhol.

No ano passado, Ivo Lopes já tinha substituído o holandês Michael van der Mark, da BMW, em Barcelona, e a prova “correu bastante bem, acima das expectativas”, embora este caso seja especial, não só pela mota, mas também por ser um campeonato diferente.

“Importa aproveitar e não olhar para o resultado. Temos de ver isto mais como uma oportunidade para eu ter continuidade neste campeonato. Eu penso mais assim”, refere, não escondendo que tem como ambição chegar ao Campeonato do Mundo.

Ivo Lopes corre na montanha russa desde miúdo, mas apesar de conhecer bem a pista algarvia, o piloto de 27 anos, da Amadora, no distrito de Lisboa, tem de enfrentar outro contexto.

“Será mesmo uma habituação a uma mota completamente diferente. Por exemplo, as mudanças diferentes. Estou habituado a andar em terceira na curva 1, mas aqui temos de andar em segunda. Temos o fator casa, mas é completamente diferente de tudo”, conclui.

Dinis Borges, que lidera o campeonato português, e Tomás Alonso, segundo no campeonato espanhol, ambos escolhidos pela Federação Nacional de Motociclismo para representar Portugal, compõem a tríade lusa que vai participar na ronda portuguesa do mundial Supersport 300.

Com apenas 19 anos, esta é a quarta vez que Dinis Borges participa no Mundial de Superbike, assumindo que estes convites da federação reforçam a ambição de “poder vir a correr a outro nível”, pelo que promete dar o seu melhor nesta competição.

“O meu objetivo é tentar pontuar. Se conseguir (estar no) top 10, era incrível, mas veremos. Esta é uma classe bastante competitiva. Tanto podemos estar em 20.º, como podemos estar no pelotão da frente. Veremos como vai correr a qualificação e depois a corrida”, afirmou à Lusa.

No entanto, a falta de apoios tem sido um obstáculo à sua progressão como piloto, uma situação “complicada” em Portugal: “É um dos meus problemas. Eu gostaria de dar o salto, por exemplo, para o campeonato espanhol, mas acabo por não conseguir. Mas pronto, é ficar à espera da estrelinha e ver o que acontece”.

Tomás Alonso, que no campeonato espanhol é o segundo classificado, a sete pontos do líder, assume igualmente que a sua ambição é chegar ao campeonato mundial, admitindo que o nível competitivo em Espanha é completamente diferente do campeonato português.

“(A minha ambição) É estar aqui, neste palco. Estamos na luta pelo título do campeonato de Espanha, portanto, normalmente, os três primeiros costumam sempre subir ao Mundial. Esperemos que seja o meu caso, estamos a lutar para isso", diz o jovem piloto de Odivelas, de 20 anos, que se iniciou no motociclismo aos 11.

Questionado pela Lusa se o facto de estar a correr no campeonato espanhol lhe dá uma maior preparação para o Mundial, Tomás Alonso responde que sim: “O ritmo é muito parecido ao dos campeonatos do mundo, o número de pilotos, o número de equipas, tudo é muito maior”.

E prossegue: “É um nível completamente diferente do campeonato português. Não tem nada a ver, infelizmente. E digo isto porque gostava que o campeonato mais competitivo fosse o nosso, mas não é. O campeonato de Espanha acaba por ser aquele de onde todos os pilotos saem para vir para o Campeonato do Mundo".

Entre esta sexta-feira e domingo, o circuito algarvio é palco da sétima das 12 provas do campeonato, que arrancou em Phillip Island, na Austrália, em 23 de fevereiro, e termina no traçado de Jerez de la Frontera, em Espanha, em 13 de outubro.