No sábado, portugueses e marroquinos vão decidir quem vai agarrar um das quatro vagas nas meias-finais, sendo esta a primeira ocasião em que se defrontam em partidas a eliminar, já que as duas registadas ocorreram ainda na fase de grupos.
A mais recente, na edição anterior do Mundial, na Rússia, em 2018, surgiu na segunda jornada do Grupo B, com Portugal a impor-se com um magro triunfo por 1-0, em Moscovo, construído logo no arranque do jogo, por Cristiano Ronaldo, na sequência de um canto.
Os marroquinos criaram inúmeros problemas no segundo tempo e estiveram várias vezes perto de empatar, mas a seleção nacional, já liderada por Fernando Santos, segurou a vantagem e confirmou a vitória, a única na competição, a que se juntaram dois empates, com Espanha (3-3) e Irão (1-1), e uma derrota com o Uruguai (2-1), que ditou a eliminação lusa nos oitavos.
No entanto, mais de três décadas antes, em 1986, foram os africanos que levaram a melhor no Mundial do México, de má memória para as cores portuguesas e marcado pelo conflito entre os jogadores e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que ficou eternizado como "caso Saltillo".
No campo, Portugal estreou-se com uma vitória sobre a Inglaterra (1-0), mas, a seguir, perdeu com a Polónia (0-1), levando a que o duelo com Marrocos, o derradeiro no Grupo F, tivesse caráter decisivo na luta pelo apuramento.
Apesar do talento que abundava na equipa lusa, os marroquinos impuseram-se com dois golos de Abderrazad Khairi e um de Abdelkrim Krimau, de nada valendo o tento de Diamantino Miranda, a fixar um resultado (1-3) que confirmou a qualificação dos leões do atlas e o adeus de Portugal ao México.