Presidente da Federação Peruana de Futebol é detido por alegada corrupção
"Procedemos à detenção do presidente da Federação Peruana de Futebol, Agustín Lozano, de acordo com uma ordem judicial", disse o chefe do gabinete do procurador da polícia, General Milton Santos, à rádio RPP.
A polícia e os procuradores também invadiram a sede da FPF em Lima, de onde extraíram um grande número de documentos, de acordo com imagens transmitidas pelas emissoras de televisão locais.
Lozano permanecerá sob custódia policial durante 15 dias, de acordo com a ordem judicial, que prevê uma prisão preventiva enquanto decorre a investigação do Ministério Público sobre alegada fraude, corrupção e branqueamento de capitais pelo alegado uso indevido de recursos da FPF.
O mandado de detenção foi emitido "tendo em conta um eventual perigo de obstrução à justiça ou risco de fuga nestes dias", segundo o documento do tribunal.
O Ministério Público também acusa Lozano e os quadros superiores da FPF de revenderem bilhetes para o play-off do Peru contra a Austrália para um lugar no Campeonato do Mundo de 2022 no Catar, em junho desse ano.
De acordo com os procuradores, Lozano terá liderado uma "alegada organização criminosa" na FPF para garantir o controlo da instituição, dando pagamentos mensais em troca de votos a dirigentes de clubes locais.
O funcionário acusado alegou a sua inocência quando foi levado de sua casa para a sede da Divisão Criminal da polícia, onde ficou detido.
"Espero que tudo seja esclarecido e que se faça justiça", disse Lozano à imprensa, enquanto era levado algemado pela polícia.
Para além de Lozano, foram detidas outras sete pessoas, incluindo o presidente do Sporting Cristal, um clube que se qualificou para a Copa Libertadores 2025, e o presidente do Atlético Grau, que participará na Copa Sul-Americana 2025.