Está tensa relação entre a Câmara de Paris e a Qatar Sports Investment (QSI) relativamente ao Parque dos Príncipes. A empresa do Médio Oriente, que detém o PSG, quer comprar o reduto francês, mas a autarquia não se quer desfazer do estádio.
Depois da presidente Anne Hidalgo ter frisado que o Parque dos Príncipes não estava à venda, foi a vez de David Belliard, vice do município, ter duras palavras para com a direção liderada por Nasser Al Khelaifi.
“É um jogo de póquer de mentirosos, mas vamos ver como correm as negociações. Não sou adepto de vender ativos importantes ao sector privado e, em particular, ao Catar. O Parque dos Príncipes é um dos que cai nesta categoria. Não pertence ao Catar, mas sim aos parisienses e, em larga medida, aos franceses. O meu objetivo é que continue a fazer parte desse património comum”, garantiu em entrevista à RMC Sport.
Duras palavras que surgem depois de um comunicado do PSG em que mostrou algum mal-estar com a intransigência da Câmara de Paris em vender o Parque dos Príncipes. Num comunicado, o campeão francês frisou que investiu mais de 85 milhões do recinto e que está a planear outras obras, mas sem acordo terá de procurar uma alternativa.
Inaugurado em 1972, com um jogo de futebol entre a França e a União Soviética, o Parque dos Príncipes é a casa oficial do PSG desde 1974. Antes, o clube dividia-se por vários estádios entre os quais o Municipal Georges Lefèvre e o Jean-Bouin.