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Queiroz quer dar novo rumo ao Catar depois do Mundial: "Eles estão exaustos"

Queiroz comandou o Irão no último Mundial
Queiroz comandou o Irão no último MundialAFP
O técnico português Carlos Queiroz está à procurar de reconstruir a confiança dos jogadores do Catar após a deceção do Campeonato do Mundo do ano passado, numa tentativa de formar uma "dinastia" capaz de transformar o estado do Golfo numa potência líder no futebol mundial.

Depois de cortar os laços com o Irão, o ex-técnico do Real Madrid foi nomeado para substituir o espanhol Felix Sanchez, que deixou o cargo após a eliminação do Catar na fase de grupos do Campeonato do Mundo em casa.

Os intensos preparativos a que os jogadores foram submetidos na preparação para o Mundial claramente tiveram um preço a pagar e Queiroz disse que tentaria revigorá-los antes de defenderem o título da Taça da Ásia, novamente em casa, no início do próximo ano.

"Temos um grupo de jogadores que tem jogado na seleção nacional e que está repleto de estágios e jogos", disse o técnico português de 70 anos à Reuters por telefone. "Muitos destes jogadores estão mentalmente exaustos. Esta é a pior fadiga no futebol, quando você fica entediado e não tem nada dentro de si. A fadiga mental é algo com que não se pode lidar, a menos que se dê aos jogadores algum descanso mental para se refrescarem".

O Catar nunca se tinha apurado para o Mundial antes da participação em novembro passado como anfitrião e as sucessivas derrotas para Equador, Senegal e Países Baixos fizeram com que caíssem no primeiro obstáculo. Esses resultados foram os piores de um país anfitrião e contrastaram fortemente com as grandes esperanças geradas pelo impressionante triunfo na Taça da Ásia em 2019.

Queiroz já começou a renovar a equipa durante a atual janela internacional, excluindo muitos dos jogadores que participaram no Mundial em detirmento de jovens para a participação na Gold Cup do próximo mês nos Estados Unidos.

"Também precisamos de reiniciar", acrescentou Queiroz. "Precisamos de começar a preparar o presente e o futuro. É impossível manter o sucesso ou alcançar as metas e os sonhos do futuro se você estiver com apenas com 13 ou 14 jogadores. Isso não existe".

O objetivo inicial é uma defesa bem-sucedida da Taça da Ásia em janeiro, mas Queiroz também tem metas mais ambiciosas de longo prazo.

"É uma excelente oportunidade para avançar e trazer uma nova geração", disse ele. "Qual é o meu principal objetivo? Ajudar a Associação de Futebol do Catar a entender que não se trata apenas de preparar uma nova geração, mas de preparar uma dinastia de jogadores, de preparar uma cultura para jogar na seleção nacional".

"É uma maneira de criar plataformas, novas soluções, novas estradas para trazer uma dinastia de jogadores para estar pronto para competir na Taça da Ásia em janeiro, para competir no Mundial em 2026, em 2030, em 2034 e assim por diante".

"Estou preocupado apenas em educar alguns novos jogadores no processo de vitória, educá-los no que chamo de arte de vencer. Uma coisa é vencer, mas outra é vencer consistentemente e ser sólido, e vencer repetidamente até conseguir ser campeão", finalizou.