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Râguebi: Jogadores franceses acusados de violação devem ser julgados dentro de 9 a 14 meses

Florian Grill, presidente da Federação Francesa de Râguebi
Florian Grill, presidente da Federação Francesa de RâguebiAFP
Os dois jogadores internacionais franceses acusados de violação agravada de uma mulher na Argentina, durante a digressão da seleção francesa, deverão ser julgados dentro de nove a catorze meses, segundo Florian Grill, presidente da Federação Francesa de Râguebi (FFR).

O mesmo responsável anunciou que a FFR tinha denunciado à justiça o vídeo racista de Melvyn Jaminet, o primeiro caso de uma digressão "dramática" pela América do Sul, que manchou a imagem do râguebi francês.

Processo judicial argentino

"O processo para decidir a colocação em prisão domiciliária de Hugo Auradou e Oscar Jegou, atualmente detidos em Mendoza, demora entre 5 e 25 dias. Depois disso, o tempo necessário para que o julgamento se realize é de 9 a 14 meses", explicou.

"A federação encontrou uma casa para alugar em Mendoza. Para fazer face à urgência, adiantámos os fundos para todas as despesas que teriam de ser efetuadas. Mas as despesas são da responsabilidade das famílias e não da Federação Francesa de Râguebi. No espírito, dependendo da evolução das coisas, é bastante óbvio que os clubes profissionais e os jogadores, que também se mostraram solidários, querem contribuir (financeiramente), para que o custo para as famílias não seja considerável", acrescentou Florian Grill.

O quadro "não foi respeitado"

"Há um quadro extremamente preciso" que rege as digressões "que existe há anos, baseado na autonomia e na responsabilidade. Este quadro não foi respeitado pelos jogadores (Auradou e Jegou). O quadro estipula que podem sair em grupo com jogadores um pouco mais velhos, que são responsáveis por arranjar táxis e por fazer regressar todos ao mesmo tempo, o que foi feito por Baptiste Serin (o capitão designado para esta digressão). Não é o pessoal que tem a culpa, são os jogadores que decidiram sair da linha", explicou o presidente.

"Com a LNR (Liga Francesa), apresentámos o caso ao Comité Disciplinar da FFR. Além disso, denunciámos os comentários racistas ao Ministério Público", acrescentou.

"No que diz respeito ao racismo em particular, relembrámos várias vezes aos árbitros durante a época que qualquer comentário racista feito em campo é imediatamente alvo de cartão vermelho. Se forem feitas observações racistas nas bancadas, o árbitro tem a opção de interromper o jogo, pedir ao presidente que desça ao meio do campo e se dirija às bancadas. E, se voltar a acontecer, interromper definitivamente o jogo", explicou.

"Tolerância zero"

"Vamos reforçar a sensibilização, mas também as sanções, que passarão a ser financeiras, mas que podem ir até à exclusão temporária ou definitiva das equipas francesas (...) Quanto ao resto, a tolerância será zero. Haverá um antes e um depois de Mendoza. Vamos mudar as regras. Muito simplesmente, não queremos uma decisão de cima para baixo. Queremos fazê-lo em consulta com as equipas das nossas catorze equipas francesas, com os jogadores, e também em consulta com a Liga Nacional de Râguebi e o râguebi profissional. Seríamos muito favoráveis a que a AFLD (Agência Francesa Antidopagem) pudesse efetuar testes durante a semana e não apenas nos dias de jogo", finalizou Florian Grill.