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Reportagem: Portuguesa Full Venue utiliza IA para aumentar vendas de entidades desportivas

A Full Venue utiliza inteligência artificial para ajudar as empresas desportivas a vender mais por menos.
A Full Venue utiliza inteligência artificial para ajudar as empresas desportivas a vender mais por menos.Full Venue
A Full Venue, sediada em Lisboa, utiliza a inteligência artificial para ajudar as empresas desportivas a vender mais a um custo mais baixo. O CEO, Tiago Costa Rocha, falou em exclusivo à Flashscore sobre a sua solução.

A Full Venue é uma empresa pioneira em tecnologia de desporto e eventos, que utiliza a inteligência artificial para transformar a forma como as empresas desportivas rentabilizam as suas audiências. Foi lançada por Tiago Costa Rocha, ex-funcionário da Federação Portuguesa de Futebol, em 2020, movido pela sua fé e tendo lido o grande "mix de oportunidades" que tinha à sua frente: a sua experiência, a nova vaga no desporto de tecnologia digital e IA. Vários aspetos que a "Sociedade do Futebol não tem, não tinha e podia transformar".

"A ideia do nosso projeto é permitir que as entidades desportivas aumentem as suas receitas provenientes do consumo", explica Tiago Costa Rocha, o fundador da Full Venue. "Estou a falar de receitas de sócios, merchandising e venda de bilhetes, para que a economia destas entidades se desenvolva no bom sentido. E para a Full Venue, a ideia é ter cada vez mais associados que estejam próximos da marca, para que o interesse pela organização cresça."

Apoio alargado às entidades desportivas

Tiago Costa Rocha, 37 anos, começou a utilizar a start-up portuguesa para vender mais bilhetes para os estádios, permitindo ao clube esgotar em tempo recorde. "Para isso, analisamos os dados dos nossos clientes, aplicamo-los à inteligência artificial que estamos a desenvolver e depois conseguimos identificar o tipo de pessoa que tem maior probabilidade de comprar um determinado tipo de produto. A partir daí, ajudamos a conseguir a hiperpersonalização, cujo resultado final é o aumento das vendas, com redução de custos para as empresas", acrescenta.

"Hiperpersonalização", um conceito de marketing que pode parecer abstrato, mas que tem o seguinte exemplo concreto: "Imaginemos que um clube quer aumentar as suas vendas de produtos de formação. Em primeiro lugar, identificamos as pessoas com base no histórico completo de interações do consumidor com o clube, seja na aplicação, no conteúdo dos emails, nas compras online, de acordo com a idade dos utilizadores registados. Em seguida, determinamos qual dos milhões de utilizadores tem maior probabilidade de comprar. Como é que fazemos isso? Pedindo ao departamento de marketing do clube que fale com o consumidor sobre a coleção de treino por e-mail, SMS ou mesmo campanhas nas redes sociais. E se houver um clique, as hipóteses de venda aumentam".

Para garantir que a relação entre a Full Venue e as organizações desportivas decorra da melhor forma possível, é sem dúvida importante ter uma comunicação sólida e estar disponível para o cliente sempre que necessário. "As empresas precisam que a Full Venue lhes forneça não só um produto, mas também um serviço e uma relaçãoA relação com os nossos clientes e o conhecimento que a Full Venue tem dessas empresas é fundamental", acrescentou.

À procura de crescimento exponencial

Após uma ronda de financiamento em janeiro de 2024, a Full Venue conseguiu garantir 2 milhões de euros através da GED Ventures, o que lhe permite reforçar as equipas, desenvolver e implementar novas soluções e expandir-se internacionalmente.

Os novos accionistas incluem ainda Tiago Monteiro (ex-piloto de F1), Bernardo Novo (CEO da SC Fitness) e Fernando Reani (Managing Diretor da Under Armour AUS&NZ). A start-up portuguesa está já presente em sete mercados mundiais (Portugal, Espanha, Reino Unido, Finlândia, Bélgica, Roménia e Chile) e pretende expandir-se para o mercado norte-americano.

"A Full Venue começou na Europa, em regiões extremamente competitivas e muito avançadas em termos tecnológicos. Estamos a trabalhar arduamente para difundir a nossa marca em toda a Europa, mas queremos obviamente alargá-la a outras áreas geográficas. Regiões onde o futebol está a tornar-se cada vez mais um produto de massas. As regiões da América do Norte, mais concretamente os Estados Unidos, em grande parte graças à MLS e ao crescimento do futebol nesse país, estão na nossa mira", admite.

E acrescenta: "E, claro, o Médio Oriente, onde o interesse pelo futebol é hoje muito maior, onde o investimento no futebol é muito maior e onde há pessoas que querem desenvolver as ligas, não apenas para contratar jogadores, mas para crescer comercialmente, para as desenvolver em termos de interesse dos consumidores, e não apenas contratando o Cristiano Ronaldo ou o Neymar".

Para além destes novos Eldorados do futebol, a Full Venue está atenta ao futebol feminino, um sector em que já trabalha com as federações romena, galesa e belga. "Estamos a falar com outras federações que ainda não são nossas clientes, mas que poderão vir a sê-lo nos próximos meses", confessa Tiago Costa Rocha, explicando que Portugal e sobretudo Espanha têm um enorme potencial.

"O futebol feminino é um dos projectos emblemáticos da Full Venue. É importante que todas as organizações que nos ouvem pensem no que podem fazer para impulsionar o futebol feminino, um desporto que hoje é visto por todos e no qual as entidades dirigentes estão a investir de forma quase semelhante às que investem no futebol masculino", finalizou.

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