Ricardo Quaresma defende a continuidade de Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa
“Para mim, continua (a ter lugar na seleção nacional), mas, como já disse, cada um tem a sua opinião. Cada um é livre de pensar o que quer e dizer o que quer. Dos jogos que eu tenho visto, penso que tem cinco golos em quatro jogos, isso diz muita coisa, mas cada um com a sua opinião”, defendeu o extremo, à margem da atribuição das bolsas Ricardo Quaresma de 2023, destinadas a jovens gaienses entre os 12 e 14 anos que conjugam aproveitamento escolar e mérito desportivo.
Já fora das contas da equipa lusa, em que apontou 10 golos e foi parte importante da histórica conquista do Euro2016, Quaresma não deixou de abordar o futuro da seleção, que diz estar “recheada de grandes jogadores” e ter “um bom treinador”, que espera que faça “um excelente trabalho”.
Sem clube há uma época, após ter deixado o Vitória de Guimarães, e agora já com 39 anos, o ‘Mustang’, como é apelidado, é taxativo nas suas intenções de jogar mais uma temporada, embora diga que viveu com tranquilidade o ‘ano sabático’, que aproveitou para passar mais tempo com a família, relembrando o caso do central portista Pepe.
“Depende da forma como olhas para o futebol. Se eu estou velhinho, imagina o Pepe, por exemplo, que é mais velho do que eu e continua a jogar mais que os olhos. Isso depende. (…) Tenho andado a treinar sozinho, com as pessoas que me podem ajudar para o futuro. Agora, posso fazer coisas que, para muita gente, é o normal, como levar os meus filhos à escola, poder estar com eles a tempo inteiro. Isso deixa-me feliz”, expressou.
Segundo o jogador, a sua última temporada está apenas dependente de escolher o projeto que melhor se enquadre nos seus objetivos, e não “está à venda” para jogar no campeonato saudita, apesar de respeitar aqueles para quem o “dinheiro fale mais alto”.
Quaresma ainda abordou a situação desportiva do FC Porto, clube que representou e do qual ficou adepto, mas não adiantou um cenário de regresso ao emblema ‘azul e branco’
“O FC Porto já habituou os portistas a, quando perde um campeonato, ser campeão no ano a seguir. Como adepto, espero que aconteça. Como jogador, nunca falei em regressar ao FC Porto, não sei o porquê de se continuar a bater nessa tecla. (…) O FC Porto vai estar sempre comigo, quer jogue lá ou não. Eu não nasci portista, mas vou morrer portista”, afirmou taxativamente.