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Riner e Mbappé não podem ser porta-bandeiras nos Jogos Olímpicos

Mbappé com os Bleus em outubro.
Mbappé com os Bleus em outubro.FRANCK FIFE/AFP
Os critérios revelados na quarta-feira pelo Comité Olímpico Francês (CNOSF) para ser porta-bandeira da equipa francesa nos Jogos Olímpicos de Paris (26 de julho-11 de agosto) excluem aqueles que já o fizeram, como Teddy Riner, e aqueles que são novos nos Jogos, como Kylian Mbappé.

Pela primeira vez, os quatro porta-bandeiras das equipas olímpicas e paralímpicas (um homem e uma mulher por cada delegação) serão eleitos pelos seus pares, anunciaram em conferência de imprensa David Lappartient, presidente do CNOSF, e Marie-Amélie Lefur, presidente do Comité Paralímpico (CPSF).

Cada uma das federações poderá apresentar um candidato, "que será depois transmitido ao CNOSF", explicou David Lappartient. A votação envolverá todos os atletas da delegação francesa, "algo completamente novo e sem precedentes", explicou o presidente da CNOSF. O público não poderá participar nesta votação.

Para serem elegíveis, os atletas têm de já ter participado nos Jogos Olímpicos, explicou o CNOSF, um critério que exclui, por exemplo, Kylian Mbappé, Victor Wembanyama e Antoine Dupont, que nunca participaram numa Olimpíada.

De acordo com David Lappartient, terão também de "encarnar a ética e os valores olímpicos", o que exclui, por exemplo, os atletas que tenham sido condenados por doping.

Antigos porta-bandeiras, como o judoca Teddy Riner, que foi porta-bandeira nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, também estão excluídos da lista de candidatos. "Consideramos que existe uma tal riqueza de talentos no desporto francês (...) que é normal podermos ter novos atletas", defendeu o presidente do CNOSF.

Ainda agora reveladas, estas condições já foram criticadas pela antiga porta-bandeira dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a judoca Clarisse Agbégnénou. A bicampeã olímpica, que parece ser uma das favoritas mais populares para assumir este papel, aproveitou a publicação de uma sondagem que a colocava na liderança do ranking feminino para comentar ironicamente a sua exclusão.

"Excecional! Esta sondagem chega na altura certa. Há os franceses e os números que exprimem uma certa vontade e, do outro lado, há pessoas que trabalham nos bastidores para impor condições discriminatórias para designar porta-bandeiras", escreveu na sua conta X.

"Isto deu origem a discussões no seio da Comissão de Atletas (...) com os presidentes das federações", admitiu David Lappartient. "Foi uma decisão tomada em conjunto por todos os intervenientes", acrescentou. Os nomes dos quatro selecionados deverão ser revelados em meados de julho.