Róger Guedes confirma acordo com o FC Porto em 2018: “Estava tudo certo”
Com 26 anos, Róger Guedes conta com uma carreira dividida entre o futebol brasileiro e o campeonato chinês, onde chegou em 2018 para representar o Shandong Luneng. Uma transferência que acabou por impedir a mudança do avançado para o FC Porto, com que teria tudo acertado.
“Estava emprestado ao Atlético Mineiro, era um dos melhores marcadores do campeonato e estava tudo certo para ir para o FC Porto. De repente, de madrugada, surgiu a China. Tinha viagem marcada para Portugal daí a dois ou três dias, ia ser o sonho, jogar na Liga dos Campeões. Já tinha falado e tudo com o Sérgio Conceição, que acho que ainda está lá como treinador. Estava muito feliz no Atlético Mineiro, mas tinha o sonho da Europa. É então que às quatro da manhã me ligou um dos meus empresários com números da China, perguntei se era por mês e ele confirmou. A vertente financeira é muito importante quando tu vais para lá, mas teria ido por menos, é um país muito bom e sem pressão dos adeptos. Eu tinha 21 anos e talvez tivesse medo de ir para o FC Porto e ficar sem jogar, além disso pensei que era um contrato de quatro anos, ainda podia voltar jovem da China, foi o que aconteceu”, explicou no podcast Podpah.
Róger Guedes acabou por ficar três épocas no Shandong Luneng, onde somou 27 golos e seis assistências em 52 jogos, tendo conquistado uma taça. Regresso em 2021 ao Brasil, para o Corinthians.
“O outro”
É no timão onde acaba por trabalhar com Vítor Pereira, que teve uma saída polémica do clube este ano, mudando-se para o Flamengo. E Róger Guedes não perdoou o técnico português.
“Ficámos felizes quando soubemos que o Fernando Lázaro era o novo treinador. Mas tínhamos ficado de qualquer maneira por saber que o outro (Vítor Pereira) já tinha saído. Não precisamos de negar ou mentir em frente às câmeras. O ambiente agora é maravilhoso”, atirou.
De resto, o avançado brasileiro detalhou alguns dos motivos de discórdia com Vítor Pereira.
“No ano passado tive três ou quatro jogos seguidos em que saí nos primeiros 15 do segundo tempo. Ficas sem perceber o que se estava a passar. Podia marcar ou não, que ia sair. Se estivesse a jogar mal, tudo ok, sou o primeiro a admitir e vou-me embora, sento-me no banco, sossegado. Quando estás bem… Sai nos dois jogos da final da Taça do Brasil… Vim chateado, o Renato também, mas a câmara só me focou a mim. Os treinadores não devem satisfação, eles é que mandam, mas tudo tem uma conversa. Por exemplo, o Fernando Lázaro falou comigo no início do ano e disse que percebia se eu saísse menos feliz, é o meu temperamento e não ia ficar chateado comigo”, concluiu.