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Ronaldinho nega envolvimento em esquema de pirâmide de criptomoedas

AFP
Ronaldinho se absteve de responder boa parte das perguntas dos parlamentares
Ronaldinho se absteve de responder boa parte das perguntas dos parlamentaresProfimedia
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho negou, nesta quinta-feira, perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), ter qualquer relação com uma empresa envolvida num esquema de pirâmide com criptomoedas.

O campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002 defendeu-se perante a CPI, que o convocou como suspeito de ser o fundador e sócio-proprietário da 18k Ronaldinho, que usava o nome e a imagem do ex-jogador.

Segundo os deputados, que investigam casos de fraudes em esquemas de pirâmide, a 18k Ronaldinho prometia rendimentos de até 400% do capital investido num ano graças a supostas operações com moedas digitais. Mas muitos investidores foram lesados.

Ronaldinho afirmou que em 2016 assinou um contrato com a empresa americana 18k Watches, pelo qual cedia sua imagem para promover uma linha de relógios.

Mas, segundo sua versão, as imagens tiradas para essa campanha foram usadas depois sem o seu consentimento para propagandas da 18k Ronaldinho.

"Eles utilizaram indevidamente o meu nome para criar a razão social dessa empresa", acrescentou Ronaldinho, de 43 anos, afirmando também ser vítima.

18K Ronaldinho não cumpriu com pagamentos a investidores
18K Ronaldinho não cumpriu com pagamentos a investidoresDivulgação

Vestido de preto, com boina e óculos escuros, o ex-jogador disse que ficou a saber que estavam a usar o seu nome para um negócio de criptomoedas, mas não denunciou.

O ex-atleta absteve-se de responder a boa parte das perguntas dos parlamentares, amparado numa decisão judicial que lhe permitiu permanecer em silêncio diante de réplicas que pudessem autoincriminá-lo.

Ronaldinho compareceu à CPI após faltar a duas convocatórias anteriores. Os deputados até ameaçaram obrigá-lo a depor por condução coercitiva, caso ele não comparecesse nesta quinta-feira.

O antigo jogador de Barcelona e PSG foi denunciado em fevereiro de 2020 numa ação civil coletiva de centenas de vítimas que exigem uma compensação de mais de 300 milhões de reais (55,8 milhões de euros).

Esta acusação ocorreu dias antes de o ex-médio ser detido no Paraguai - onde ficou preso por mais de cinco meses - por uso de passaporte adulterado.