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Rúben Amorim: "Acho que vamos passar. Não entra na minha cabeça outra coisa"

Mário Rui Ventura
Rúben Amorim: "Acho que vamos passar. Não entra na minha cabeça outra coisa"
Rúben Amorim: "Acho que vamos passar. Não entra na minha cabeça outra coisa"AFP
Rúben Amorim fez esta segunda-feira a antevisão ao jogo com o Eintracht Frankfurt, partida da sexta e última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, marcado para esta terça-feira, às 20 horas, em Alvalade, e onde um empate basta para os leões seguiram para os oitavos de final da competição.

"Nem falámos em empate. Temos de vencer porque temos de ter noção do momento em que estamos, qualquer bola que vai à nossa baliza dá golo. Importante é não sofrer golos. Esse factor vai entrar na cabeça dos jogadores apenas nos últimos minutos. Podemos contar com dois resultados. No início do jogo seria um erro pensar no empate. Temos de vencer e jogar bem. Em relação aos adeptos, espero a mesma receção de sempre. Não estão contentes com os resultados, fazem bem em não estar porque a exigência tem de ser outra", começou por dizer Rúben Amorim, para quem a obrigatoriedade alemã em vencer não vai facilitar a tarefa do leão, numa potencial estratégia de contra-ataque, explorando os espaços nas costas do Eintracht Frankfurt.

"Não há vantagem alguma. Sabemos que podemos contar com dois resultados, mas no início isso não terá impacto. O Eintracht, desde o último jogo connosco, mudou o sistema, voltou ao ano passado, espera mais as equipas. Deu-se bem com isso, voltou às raízes, lá tivemos um Eintracht que nos pressionou em cima e depois aproveitámos o espaço. É uma equipa completamente diferente. Marcam muitos golos na liga alemã. No início não terá influência, no fim logo veremos se faremos alguma adaptação ou se lemos o jogo e percebemos que é melhor segurar um ponto. Mas no início temos de pensar em ganhar senão não passamos à fase seguinte", defendeu o treinador do Sporting.

"Gosto de assumir as minhas responsabilidades"

Eliminado da Taça de Portugal e a doze pontos da liderança no campeonato, Rúben Amorim recusou que uma eventual eliminação da Liga dos Campeões possa pôr em causa a decisão de permanecer em Alvalade.

"Faço a avaliação se sou a pessoa certa para o futuro do Sporting. Podemos falhar ou não objetivos, mas todas as épocas começamos do zero. A única avaliação é ter a noção da exigência do clube. Principalmente se sou a pessoa certa para seguir no clube. Farei-a no final. Gosto de assumir as minhas responsabilidades. O factor mais importante que trouxemos foi a exigência, sem qualquer tipo de desculpa. Se é boa na parte boa, na parte má temos de sofrer as consequências. Os oitavos não mudam muito. Diz mais do treinador se somos consistentes a ganhar às equipas que não têm o mesmo valor do que nós e não temos tido essa capacidade. Na Champions vamos à luta contra equipas com outros orçamentos. Estamos a falhar no que é ser equipa grande, ter consistência. A minha avaliação tira de parte a Liga dos Campeões. Em jogos grandes conseguimos fazer o que é preciso", avaliou Rúben Amorim, resumindo: "Acho que vamos passar. Não entra na minha cabeça outra possibilidade."

"Às vezes temos só os baixinhos"

O treinador do Sporting, à imagem de Pedro Porro, que falou momentos antes, teve também oportunidade de comentar os golos sofridos pelos leões, sobretudo a debilidade nas bolas paradas, que levaram a mais uma derrota, desta feita em Arouca (1-0).

"Essa é a parte mais fácil de perceber. O trabalho tem sido o mesmo, toda a equipa técnica tem feito um trabalho exaustivo como fazia noutras épocas. É olhar para a equipa e olhar que saindo o Palhinha, o Matheus e o Feddal, trocando por outros jogadores que foram opção nossa para mudar a qualidade do jogo, isso retira muita altura e agressividade no ar da nossa equipa. Nunca tivemos tantos jogos sem o Seba [Coates]. Relembrar que nunca tivemos tantos jogos sem o Paulinho. Às vezes temos só os baixinhos. Se não aumentarmos a agressividade, e nisso podemos ser muito melhores, um jogador pode ter 2 metros mas podemos empurrá-lo sem falta, é o que fazem ao Seba. Temos culpa nesse problema da equipa, mas não há como substituir uma equipa que era muito grande por uma equipa muito mais baixa. Esses factores têm de ser acautelados, não o foram pelo treinador porque olhou para o jogo de outra forma", analisou Rúben Amorim.