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Rúben Amorim: “Espero um Sporting forte, da mesma forma que espero um Vitória forte”

Rúben Amorim antecipou duelo contra o Vitória de Guimarães
Rúben Amorim antecipou duelo contra o Vitória de GuimarãesAFP
Treinador do Sporting abordou duelo com o Vitória de Guimarães em conferência de imprensa. Garante equipa motivada pelo orgulho que mantém e assegura que, apesar da fase difícil e independentemente dos resultados, continuará ao leme até final da temporada.

Eu acho que temos de trabalhar a parte tática e estratégica, para ajudar a parte mental. Não sei o que vou dizer aos jogadores depois de um início de época difícil e depois desta derrota, que nos custou. Voltei a ver o jogo e continuo a achar que não foi justo, mas isso vale o que vale. Temos de nos focar na tarefa, naquilo que temos de fazer, para ajudar a parte mental. Se eles se sentirem confortáveis no jogo, souberem exatamente as características do adversário e o que têm de fazer, vão poder focar-se no jogo”, sublinhou.

Pela frente, na 12.ª joranda da Liga portuguesa, o Sporting terá um Vitória de Guimarães que vem de quatro triunfos consecutivos e que não perde há sete jogos. Morita vai a jogo, ao contrário de Nuno Santos, que não recupera a tempo. “Esperamos um adversário muito forte. Não tem a responsabilidade do jogo, ao contrário de nós. Têm três jogadores muito rápidos na frente, jogam no mesmo sistema que nós, mas espero que tenhamos a mesma identidade”, vincou o técnico, que pretende uma equipa dominadora. “Não interessa que joguemos em casa ou fora, quero que a minha equipa seja dominadora, temos de controlar bem as saídas do Vitória, ser melhores nas bolas paradas, porque nos têm dado problemas, e temos de fazer golos. Espero um Sporting forte, da mesma forma que espero um Vitória forte”.

Pode acompanhar o relato da partida na aplicação
Pode acompanhar o relato da partida na aplicaçãoFlashscore

Apesar do início de temporada menos positivo, Rúben Amorim parece ser consensual entre a massa adepta e destaca que “não é por falta de esforço” que os resultados não surgem. “É notório que sempre dei tudo pelo clube e que vou continuar a dar enquanto aqui estiver. Somos coerentes no que fazemos e é notório que o desgaste que os adeptos têm é o mesmo que o meu”.

Também os jogadores sentem a “fase difícil” de forma muito particular. “Há uma base que nunca viveu isto e que está revoltada. Isso nota-se no jogo. Eles sabem o que têm de fazer, mas estão a viver este momento difícil. Sinto a mesma vontade de trabalhar, mas alguma tristeza, o ambiente não é o mesmo. Eu já vivi esses momentos, sei como são, mas eles estão a vivê-lo pela primeira vez. E eu também, enquanto treinador. Eles não baixaram os braços, mas estão revoltados e um pouco ansiosos, porque querem mudar as coisas.

Assumindo não ter em mente o reforço do plantel em janeiro, o treinador admite que “há oportunidades de mercado”, mas lembra que a estrutura está alinhada naquilo que é o futuro da equipa. “Nós falamos todos os dias. Falámos sobre isso, temos reuniões marcadas, assim como temos com a formação, onde estabelecemos subidas e descidas de acordo com as prestações”, explica.

Num momento complexo, o Rúben Amorim confia que a motivação se mantém entre o grupo de trabalho. “Estamos a lutar porque é a nossa vida, o nosso emprego e o nosso orgulho, que é algo que levo muito a peito. A vida de futebolista e de treinador é contínua. Perdemos alguns objetivos este ano, mas ainda temos o campeonato, a Taça da Liga e a Liga Europa, portanto há algo por que lutar. Todos têm de pensar que estas fases acontecem”, destacou, reforçando “uma questão de orgulho” como base do trabalho a desenvolver.

“Estou desejoso que venha a paragem”

Numa altura em que se aproxima o Mundial-2022, o timoneiro dos ‘leões’ não esconde que a paragem competitiva pode ser útil para uma reorganização das ideias. 

Não podemos dar passos atrás porque somos uma equipa que tem de ser dominadora, isso faz parte do ADN do clube. Podem dizer que o que interessa é ganhar, mas queremos fazê-lo a dominar, porque tivemos várias conversas, no ano em que fomos campeões, em que diziam que devíamos ser mais dominadores, que jogávamos muito no contra-ataque ou que marcávamos pouco e nos últimos minutos”, lembrou.

“Não ganhando, torna tudo mais difícil, mas é nestes momentos que temos de pensar que estamos no caminho certo. Temos de melhorar a defender com menos jogadores, ser mais fortes no um contra um. Tivemos mudança de jogadores importantes e este ano, com este calendário, não temos tempo para treinar”, acrescentou Rúben Amorim, vincando que “quando se perde, mete-se tudo em causa e é mais difícil reagir” e admitindo estar “desejoso que venha a paragem”:

“Não vamos dar passos atrás, não comigo, porque acho que não faz sentido e só vai causar insegurança nos jogadores. Temos de dar um passo à frente e melhorar esta forma de jogar”.

Questionado sobre as recentes declarações do próprio irmão, que se envolveu numa acesa troca de ideias com os adeptos do clube, o técnico desvalorizou, mas revelou que teve uma conversa sobre a altercação. “Às vezes, os familiares não têm noção do impacto que as declarações têm. Obviamente que não concordo com ele, sou campeão porque vim para o Sporting e não o contrário. Depois, também, é difícil para os familiares perceberem que o que se diz não é pessoal. Os adeptos não odeiam o irmão dele, só não gostam é do treinador que perde jogos no Sporting. Por mais que se explique, é difícil e é por isso que não tenho redes sociais, porque entendo que isso mexe com as pessoas. Já fiz o meu papel e falei com meu irmão, da mesma forma que falo com todos os meus familiares, e isso é a única coisa que posso fazer”.

Sobre a continuidade no Sporting, foi claro: “Eu vou ser treinador do Sporting pelo menos até final da época, porque sou responsável e quero mostrar aos adeptos que em primeiro está o clube. Podia sair porque os resultados não são bons, mas viria alguém que não estava pensado, criava mais instabilidade e abandonava os meus jogadores numa fase difícil deles. As coisas devem ser pensadas com tempo e eu quero fazer jus ao apoio todo que os adeptos têm comigo. Até final da época, não há conversa sobre isso, fiquemos nós em 10.º ou 11.º. Ficarei cá e assumirei as minhas responsabilidades. Depois pensaremos como clube, porque gosto muito do Sporting e foi uma benção vir para cá. Quero ser o primeiro a estar aqui, ajudar toda a gente e fazer o meu máximo. No final da temporada, é a vida normal dos treinadores: fazem uma reunião com as direções, vêem o que é o melhor e seguem com o que fica acordado”.

Em relação a um possível encontro com o Manchester United e com Cristiano Ronaldo na Liga Europa, Rúben Amorim assumiu que “não seria a equipa preferida”. “Mas, se tiver que ser, que venha. E que o Ronaldo fique no banco, como tem estado, senão ainda marca golos e não é bom para nós”.