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Rúben Amorim: "Não podemos perder mais pontos, principalmente até ao Mundial"

Rúben Amorim: "Não podemos perder mais pontos, principalmente até ao Mundial"
Rúben Amorim: "Não podemos perder mais pontos, principalmente até ao Mundial"Sporting CP
Rúben Amorim fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo com o Arouca, marcado para este sábado, às 20:30, confirmando desde logo a ausência de Morita, devido à lesão sofrida com o Tottenham, juntando ainda Paulinho, novamente parado devido a questões físicas, tal como Luís Neto e Daniel Bragança. Ricardo Esgaio, esse, volta aos eleitos.

"A gestão é feita de acordo com os melhores jogadores que temos para vencer o Arouca. O Morita está fora, não sei por quanto tempo, temos de fazer exames. O Paulinho está fora também, de resto o Neto e o Bragança continuam fora. O Esgaio volta. O St. Juste continua limitado, mas o resto do pessoal está pronto para o jogo", confirmou Rúben Amorim logo a abrir a conferência de imprensa em Alcochete, deixando elogios ao adversário e deixando claro que ninguém pode pensar no jogo seguinte, a receção ao Eintracht Frankfurt, onde os leões, pontuando, garantem os oitavos de final da Liga dos Campeões.

"Precisamos de estar muito frescos fisicamente, pelas características do Arouca. Médios muito habilidosos como o David Simão e o Alan Ruiz, e depois têm jogadores na frente que vão causar problemas se não pressionarmos. Não vamos pensar no Eintracht, o nosso objetivo e prioridade é o campeonato e aí estamos atrasados. A energia e frescura física vão ser dois fatores muito importantes para este jogo. Em relação ao sucesso desportivo, é a tal história de que em Portugal fazemos muito com menos, em comparação com outros campeonatos. Treinadores, clubes, formação, departamento, trabalham todos muito bem. No nosso campeonato talvez tenhamos de melhorar em algumas coisas. Em Portugal não há ainda a ideia do investidor, temos de vender. Isso faz parte das caraterísticas dos clubes e do nosso campeonato, mas em termos do que está ligado ao futebol somos bastante profissionais", disse Rúben Amorim, reafirmando depois os elogios ao Arouca.

"As últimas equipas estão a perder muitos pontos. Há várias equipas a não querer lutar pelo ponto e a querer algo mais. O Arouca é muito perigoso nas transições. Têm avançados muito bons nisso, e depois têm o David Simão. Jogam muito bem com bola, são tranquilos. Quando se libertam da pressão dos pontos jogam melhor, e contra os grandes não têm responsabilidade, têm essa vantagem. Se formos poupar jogadores, não vamos ganhar nem este jogo nem o do Eintracht. Da última vez que tivemos esta sequência, foi quando pecámos contra o Boavista, onde acho que merecíamos mais. O Tottenham, desta vez, teve mais dias de descanso e nem se notou a diferença. A nossa prioridade é ganhar ao Arouca, é uma vitória que dará energia extra para o próximo jogo", vincou Rúben Amorim.

"Não metemos os miúdos por meter"

O Sporting chega à 11.ª jornada do campeonato motivado pelo empate em Londres, diante do Tottenham (1-1), onde Rúben Amorim lançou vários jovens em campo, nomeadamente Nazinho, Mateus Fernandes e Fatawu.

"Olhámos para os jogos do Marselha. Quando surgem as oportunidades eles têm de estar preparados. O único defesa esquerdo que tínhamos para o jogo com o Tottenham era o Nazinho. Pensámos na entrada do St. Juste mas não estava no limite de tempo dele. O Morita saiu e podíamos pensar em baixar o Pote e meter um jogador mais experiente na frente, mas temos o Mateus [Fernandes] e o Sotiris. O Fatawu era o jogador mais explosivo da nossa equipa, é o melhor deles de cabeça, apesar das dificuldades táticas. Não metemos os miúdos por meter. Eles fazem parte do nosso projeto", defendeu Rúben Amorim, falando depois, individualmente, da exibição de Marcus Edwards diante da equipa onde foi formado.

"O Marcus é o jogador mais explosivo entre linhas e nesses jogos nota-se muito, tem muita capacidade de tirar jogadores da frente. Não é muito regular durante todo o jogo, mas contabilizamos as ações de êxito. No jogo com o Santa Clara, por exemplo, foi ele que teve mais. Esses fatores de desequilíbrio chamam a atenção e saltam muito à vista. É difícil que ninguém repare nas iniciativas individuais que ele tem. Tem o Paulinho para fazer a tabela mas assume o remate e marca golo. O Marcus tem crescido muito, mesmo fisicamente. Os valores que apresenta são de alguém que tem crescido muito. Jogar com o Tottenham terá sido motivação extra, sim. Uma equipa grande tem de ter uma sequência de vitórias e nós não temos tido. Isso ajuda em tudo. Ganhar em Arouca faz com que os adeptos encarem o próximo jogo de maneira diferente. Não podemos perder mais pontos, principalmente até à paragem do Mundial", defendeu o treinador do Sporting, antes de voltar a falar da juventude de Alcochete, quando confrontado com a ineficácia de Flávio Nazinho em Londres.

"Faz parte do nosso projeto. Senti que já estávamos com muita dificuldade mesmo quando entraram. No Arthur não senti dificuldade, mas no Fatawu e no Nazinho sim. No Fatawu, principalmente táticas. Acho que sem bola se notou bastante. O Matheus Reis perdeu frescura física, o que também não ajudou o Nazinho. Foi a qualidade do Tottenham e o cansaço da nossa equipa. Vendo o jogo depois, acho que o Mateus Fernandes foi à luta, foi desinibido, teve bola, mas acho que foi um problema mais global. Perguntaram-me no fim do jogo se foi a nossa melhor primeira parte, e vendo o jogo outra vez acho que não. Podemos fazer melhor. Foi algo de equipa e não dos miúdos. O Tottenham carregou mais no fim, e se calhar os miúdos não conseguiram ajudar tanto como outros jogadores mais batidos ajudariam. O Nazinho aparece isolado depois de uma jogada entre o Porro e o Arthur, mas temos de olhar para o global", explicou Rúben Amorim.

"Enquanto for possível, lutamos por todos os títulos"

De volta ao campeonato, Rúben Amorim foi convidado a explicar porque não quis ver o penálti de Pedro Gonçalves ao Casa Pia, na última jornada.

"Não vejo as bolas paradas desde que estou cá. É o único momento em que consigo parar e pensar um bocadinho no jogo. As bolas paradas são o único momento que está entregue a outra pessoa e onde consigo pensar. Sempre fui assim. Este banco é aberto e vocês veem, mas esse é o meu momento de desligar e de outro treinador assumir. Acho que não passa ansiedade nenhuma", disse o treinador do Sporting, cujas notícias em torno da renovação de contrato, defende, nada influenciam os jogadores.

"Eles não ligam. Sou muito sincero com eles e eles sabem com o que podem contar. Sabem que um dia está um treinador e noutro dia está outro. Apesar de serem jovens já conhecem bem o negócio. Sou muito sincero com eles e tento dar tranquilidade nesse aspeto. São coisas que se ouvem lá fora, acho que não mexe com eles", defendeu Rúben Amorim que, a finalizar a conferência de imprensa, voltou a vincar que não pretende reforços na reabertura do mercado, em janeiro.

"Ainda não pensámos nisso mas a ideia é não ir ao mercado, até pelas razões que já disse. Temos de fazer contas aos jogadores mediante as competições onde estivermos, faremos essa avaliação mais para a frente. Se não ganharmos ao Arouca volta a turbulência. Depois temos um jogo que conta para outra competição, e se não conseguirmos o apuramento ainda torna tudo pior. Temos de nos focar apenas no Arouca. Ganhando ao Arouca fica tudo mais fácil para vencer o último jogo do grupo. Ainda vamos jogar contra toda a gente, vamos ter sempre uma palavra a dizer no título. Enquanto for possível, lutamos por todos os jogos e títulos", prometeu o treinador dos leões.