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As reações do selecionador e do capitão de Portugal após vitória épica no Mundial de Râguebi

Atualizado
Portugal conquistou vitória histórica no Mundial de Râguebi
Portugal conquistou vitória histórica no Mundial de RâguebiAFP
Declarações após o Fiji – Portugal do Campeonato do Mundo de râguebi França 2023, disputado no Stadium de Toulouse, que terminou com a vitória da seleção portuguesa por 24-23.

Patrice Lagisquet (selecionador de Portugal)

Último ensaio: “O que pensei quando o Storti arrancou na jogada do ensaio do Rodrigo Marta? ‘Passa a bola’! (Risos) Porque no Europe Championship teve uma situação de cinco contra um e tentou marcar, por isso lesionou-se num cotovelo. Mas era o Rodrigo Marta, eles jogam juntos desde os seis anos, ou algo parecido, talvez por isso lhe tenha dado a bola. O ensaio marcado no final é o ADN desta equipa, do râguebi português. Eles são jogadores muito generosos, com uma grande capacidade de jogar a toda a largura do terreno. O nível dos campeonatos português e francês é incomparável. Mas esta é uma geração dourada, tem jogadores incríveis como o Jerónimo Portela, Raffaele Storti, Rodrigo Marta, o Nuno Sousa Guedes, que é um pouco mais velho, o José Madeira, entre outros, são excecionais".

Recorde as principais incidências da partida

Balanço da participação: "O balanço é o de uma equipa deste nível que progrediu sempre em todos os quatro jogos. Houve lacunas nos primeiros, mas cada vez menos e quando vemos as estatísticas do jogo com a Austrália percebemos que estávamos próximos de conseguir algo muito simpático. Hoje, apesar de alguns erros cometidos, fizemos um jogo ainda mais conseguido. Por isso o balanço é muito positivo. O mais interessante é a progressão que esta equipa teve sempre ao longo dos jogos".

Memórias: "Lembro-me do primeiro jogo, quando fui com estes miúdos ao Brasil, eles com 18 ou 19 anos… Lembro-me do Simão Bento ao meu lado e de dizer para o Hervé (Durquéty, antigo treinador de avançados da seleção portuguesa) que ele parecia ter 15 anos. Hoje vejo o temperamento e o que são capazes de demonstrar e só posso dizer que esta aventura foi ótima".

Evolução: "É preciso não esquecer que tivemos alguma sorte. Tínhamos sido eliminados pela Espanha e depois fomos repescados. Isso permitiu-nos trabalhar seis meses na progressão da equipa e ir buscar a qualificação. Aliás, a capacidade de progressão desta equipa foi a primeira coisa que me marcou neles. Quando começou o primeiro treino e vi que em menos de meia hora compreenderam tudo em termos de passes e largura do jogo que lhes pedia, disse ao Hervé: ‘acho que podemos avançar mais rapidamente do que pensávamos’”.

José Lima (capitão de Portugal)

Vitória histórica: “É uma grande emoção. Este é um trabalho que começou há quatro anos e fizemos muitos esforços para estar aqui. Tivemos um pouco de sorte, houve momentos em que estava tudo acabado e conseguimos voltar. Houve muitas coisas que nos fez sentir estes jogos de uma forma diferente, em comparação com as outras equipas, porque sabemos as dificuldades que passámos. Estar em Toulouse e ver esta gente toda a apoiar-nos dá arrepios e marca. Hoje foi um grande dia para o râguebi português. Somos os primeiros a entrar na história e isso é que é bom no râguebi, poder fazer algo que fica para sempre".

Futuro: "Espero que isto não seja o fim, mas o princípio de algo grande e interessante para o râguebi português. Sabemos que esperámos muito tempo para nos qualificarmos de novo e agora o pessoal viu o que é estar aqui, o incrível que é e temos de ter vontade de estar já no próximo Mundial”.

Francisco Fernandes (jogador de Portugal)

Momento: “É o melhor momento da minha carreira. É mágico. Poder oferecer uma vitória a todo um país que nos apoiou é incrível. Quando vi o Storti a correr com a bola e o Rodrigo Marta na direção dele, sabia que ia acontecer alguma coisa”.

Mike Tadjer (jogador de Portugal) 

História: “É um orgulho. É o melhor sentimento, porque conseguimos. A atmosfera durante o jogo, ganhámos depois de termos estado a perder e recuperarmos, terminando com mais um ponto… Estamos muito orgulhosos. É uma boa história para contar aos meus filhos quando crescerem. Obrigado a todos, recebemos muito apoio, vimos hoje no estádio, gritaram por nós até ao fim, é fantástico".

José Madeira (jogador de Portugal) 

Orgulho: “Sabíamos que se queríamos competir contra as Fiji tínhamos de estar presentes no contacto e foi o que fizemos. Tenho um orgulho enorme neste grupo. A entrega que se deu em cada ação e cada placagem foi espetacular e isso é que fez a diferença no fim. O que peço aos adeptos de desporto em Portugal é que olhem um bocado mais para as outras modalidades e não apenas para a bola redonda. Todas as outras modalidades também merecem o apoio, o que fizemos hoje foi de louvar e espero que ajude a divulgar mais o desporto em Portugal”.

Luís Pissarra (adjunto de Portugal)

Clique: “Não podíamos manchar tudo aquilo que foi feito e apesar de ser o último jogo, de já haver muito cansaço, a pressão que sentíamos era de continuar a competir em todos os jogos, a honrar a camisola e principalmente a ter respeito por este público todo que tem sido incrível. Durante a semana treinámos bem, já com muito cansaço, a gerir as sessões de treino. Mas hoje, no momento em que fizemos o passeio, houve ali um clique enorme e parecia que entrámos em modo de combate e tornou-se tudo muito sério. Quando começou o jogo estava visto que íamos fazer um grande jogo.

Estratégia: "Defensivamente fomos gigantes, as Fiji quiseram-nos partir pelo contacto e nós defendemos com um coração brutal. E as bolas que tivemos hoje, aproveitámos melhor, foi um grande upgrade em relação aos últimos jogos, a diminuição de erros que nos permitiu marcar os ensaios que não conseguimos com o País de Gales e a Austrália".

Orgulho: "Queríamos acabar em grande e ganhar a uma equipa que vai aos quartos de final é brutal. É um orgulho enorme que todos sentimos. Era isto que estávamos à procura. O empate com a Geórgia soube a pouco, a derrota com a Austrália soube a muito pouco, porque sentimos que podíamos fazer muito melhor. Até mesmo com o País de Gales era a mesma sensação de que demos muitos pontos fáceis e hoje fomos muito adultos na forma como jogámos".