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Entrevista Flashscore a Opeti Fonua: "Tonga tem uma grande hipótese de fazer história"

Opeti Fonua representou Tonga no Campeonato do Mundo de 2015
Opeti Fonua representou Tonga no Campeonato do Mundo de 2015Profimedia
Uma das lendas do SU Agen, Opeti Fonua disputou um Campeonato do Mundo por Tonga. Ao Flashscore, faz uma retrospetiva da sua carreira e dá-nos a sua opinião sobre as hipóteses do seu país em França.

No dia em que Tonga se prepara para defrontar a República da Irlanda no Mundial de Râguebi, Opeti Fonua, de 37 anos, falou com o Flashscore numa conversa sobre o desporto e os planos para o futuro.

- Olá, Opeti. Acredito que você ainda joga râguebi em Layrac?

- Sim, jogo lá, e no ano passado fomos campeões franceses da Fédérale 2 (sexta divisão). Subimos para a Fédérale 1, onde estamos a jogar este ano. Aliás, não sou o primeiro tonganês a jogar neste clube.

- Então a reforma não está próxima?

- Todos os anos digo a mim próprio 'talvez esta seja a minha última época', mas continuo a jogar! Veremos na próxima época (risos). Mas antes disso, quero levar o clube ao mais alto nível possível.

- Como é estar num balneário em que é a atração, por causa do seu passado?

- Não há tratamento especial. No Layrac, toda a gente é tratada da mesma forma. É claro que tento ensinar os meus colegas de equipa, mas o inverso também é verdade. É totalmente diferente dos balneários que conheci no râguebi de alto nível, mas estou a chegar ao fim da minha carreira, por isso quero aproveitar ao máximo.

- E quanto à sua situação profissional?

- Neste momento, estou a trabalhar para a Renoverso (uma empresa de carpintaria sediada no Sudoeste de França).

- E não está a pensar tornar-se treinador?

- O Layrac gostaria que eu entrasse para a equipa técnica no final da minha carreira. Talvez para treinar as reservas ou a formação.

- Então não planeoa voltar a Tonga após o fim da sua carreira?

- Não imediatamente. Quando eu parar de jogar, gostaria que ficássemos por aqui uns cinco anos e depois voltássemos para Tonga.

- Sempre disse que adora Agen e os arredores. Por que se mudou para a Inglaterra durante a sua carreira?

- Inicialmente, pensei em ficar em Agen até o fim da minha carreira, mas depois o técnico do Bayonne (Christian Lanta) contactou-me e passei uma temporada lá. Depois vieram as propostas de Inglaterra e falei com a minha mulher para ver se ela estava interessada em ir para lá. Era uma oportunidade para descobrir coisas novas, por isso, decidimos ir.

- Mas regressou a Agen para terminar a sua carreira profissional...

- Sempre disse à minha mulher, mesmo em Inglaterra, "quero terminar a minha carreira profissional em Agen". Passei três anos em Inglaterra, joguei em três equipas diferentes, mas quando anunciei que ia deixar Inglaterra para regressar a França, o Agen contactou-me e eu disse logo que sim.

- Ainda está em contacto com outros jogadores de Tonga? Quais são as hipóteses deles no Mundial? 

- Sim, em particular com o capitão da seleção (Sonatane Takulua), que joga no Agen, e também com alguns outros que jogam em França. O grupo deles é bastante complicado, mas espero que se saiam bem.

- Tonga tem grandes objetivos para esta Copa do Mundo?

- O que é certo é que o objetivo é conseguir quatro vitórias. A equipa é ambiciosa e há vários jogadores jovens com muito potencial que se juntaram ao grupo. Pessoalmente, acho que eles têm grandes chances de fazer história para o nosso país. É uma equipa unida, sem grandes individualidades, mas com um excelente estado de espírito.

- Pessoalmente, só jogou o Mundial de 2015. Lamenta não ter participado em 2011, que foi uma edição histórica para Tonga? 

- Sim, porque, como diz, foi histórico. Quando ganhámos à França, foi histórico, toda a gente adorou (risos). Lembro-me de uma vez, depois, em Agen, em que as pessoas nos acenaram por brincadeira. Foi um grande momento para a nossa nação. Mas, pessoalmente, lesionei-me durante os preparativos e foi por isso que não fui selecionado.