Recorde aqui as incidências do encontro
O encontro decisivo do próximo sábado, também no Stade de France, será uma reedição da história final de 1995, que os springboks venceram (15-12 após prolongamento), em casa, na primeira vez em que foram autorizados a disputar a prova após o fim do regime de Apartheid no país.
Para assegurarem a presença na final, os sul-africanos tiveram de superar uma Inglaterra reinventada que tirou o melhor partido da chuva intensa que se abateu sobre a capital francesa para complicar a vida ao adversário e passar quase todo o encontro na frente do marcador.
Os springboks tiveram muitas dificuldades para encontrarem uma resposta eficaz para os constantes despejos de bola ao pé do par de médios inglês e para a noite inspirada do abertura Owen Farrell, autor de quatro penalidades (03, 10, 24, 39 minutos) e um drop goal (53).
Ao intervalo perdiam por 12-6, após responderem apenas com penalidades de Manie Libbok (21) e Handre Pollard (35), que rendeu o próprio Libbok, logo aos 31 minutos, bem a tempo de ser decisivo a arrecadar o troféu de Jogador do Jogo.
Foi Pollard (78) quem, com uma segunda penalidade certeira, colocou a África do Sul pela primeira vez na frente do marcador, a apenas dois minutos do final, já depois de transformar o ensaio de RG Snyman (69), que recolocou os sul-africanos dentro do resultado e em condições de disputar o acesso à final nos últimos 10 minutos do encontro.
Foi uma noite de desilusão para a Inglaterra, que chegou ao França-2023 fora do aclamado lote de quatro favoritos (Irlanda, França, África do Sul e Nova Zelândia), mas ficou a pouco mais de dois minutos de atirar os campeões em título para fora do Mundial e de poder discutir a decisão com a Nova Zelândia.
Já os springboks tiveram o mérito de, apesar das dificuldades, manterem a incerteza no resultado até ao final para conquistarem o direito de discutir com os All Blacks qual será a primeira seleção a sagrar-se quatro vezes campeã mundial.