Os irlandeses venceram o épico jogo do Grupo B no Stade de France, mas a qualidade da competição não ajudou a dissipar a convicção generalizada de que eles e os detentores da Taça do Mundo são as duas melhores equipas do torneio.
O treinador de defesa dos All Blacks, Scott McLeod, disse que pessoalmente ficou mais impressionado com o desempenho de ambas as equipas na distribuição, dada a velocidade da competição.
"Eles foram muito limpos e precisos, não houve infração naquela área", disse McLeod aos jornalistas esta segunda-feira.
"E isso é uma coisa muito difícil de fazer em velocidade, com aquelas colisões e corpos a voar por toda parte e ambas as equipas fizeram isso muito, muito bem", acrescentou.
A Nova Zelândia teve os seus problemas disciplinares este ano e a precisão será, sem dúvida, um foco de treino antes de seu próximo confronto do Grupo A, contra a Itália, em Lyon, na sexta-feira.
McLeod disse que os All Blacks estavam "a zumbir" depois de assistir à partida e estava confiante de que seriam capazes de jogar num padrão semelhante quando chegasse a hora.
"Testámos isso um pouco na semana passada", acrescentou.
"Entrámos em sintonia e hoje treinámos em ritmo de jogo. E estamos apenas a tentar manter-nos saudáveis. Portanto, estamos a tentar equilibrar isso, entre atletas saudáveis e treinar a essa intensidade e velocidade", explicou o treinador.
O flanqueador Dalton Papalii admitiu que algumas das sessões de treino ficaram um pouco acaloradas e disse que os All Blacks estavam desesperados para sair e mostrar o que podiam fazer.
"Sabemos qual é o padrão agora", disse.
"Se quisermos jogar com os melhores, temos de jogar a esse nível. Mostrámos alguns vislumbres ao longo do ano e é agora que temos de o fazer", explicou Dalton Papalii.
A Irlanda é um potencial adversário dos All Blacks nos quartos de final, mas McLeod não quis olhar além do jogo com a Itália.
"Tenho ratos e gambás na minha propriedade... Sei como é uma armadilha, sei como cheira e isso para mim é uma armadilha", disse.
"Lidamos com o que está à nossa frente. A Itália é uma equipa muito boa e, se olharmos demasiado para a frente ou começarmos a pensar nos outros, seremos derrotados", avisou.