Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Mundial de Râguebi: Cheika minimiza discurso ao intervalo após vitória da Argentina sobre País de Gales

AFP
Michael Cheika, treinador da Argentina
Michael Cheika, treinador da ArgentinaAFP
O treinador da Argentina, Michael Cheika, minimizou a conversa que teve ao intervalo, depois da Argentina ter recuperado por duas vezes para derrotar o País de Gales nos quartos de final do Campeonato do Mundo de Râguebi, este sábado.

O País de Gales liderava por 10-0 após o primeiro quarto, e estava a ganhar por 17-12 a 12 minutos do fim, mas a Argentina terminou em força com dois ensaios para vencer por 29-17 e ganhar uma meia-final na próxima semana contra a Nova Zelândia.

Recorde as incidências da partida

A Argentina parecia desarticulada na primeira meia hora, parecendo incapaz de quebrar a defesa do País de Gales e lenta para reorganizar a sua própria.

Mas dois penáltis do ponta Emiliano Boffelli no final do primeiro tempo mantiveram a seleção argentina no jogo no intervalo, e Cheika insistiu que não tinha muito o que mudar no balneário.

"Na primeira parte cometemos dois ou três erros que nos custaram muito, um deles foi o tento", disse o australiano, que levou o seu país à final do Campeonato do Mundo em 2015.

"E depois o País de Gales foi taticamente muito inteligente. Jogaram com largura, o que não estávamos à espera. Demorámos duas ou três vezes a reorganizar-nos. A partir daí, estivemos bem na defesa, tirando o erro que levou ao golo deles na segunda parte", acrescentou.

Cheika insistiu que não estava preocupado, mesmo durante a meia hora inicial, quando País de Gales parecia estar bem no controlo da partida.

"Tenho experiência neste tipo de jogos, 10-0 é muito, mas o importante é a dinâmica", acrescentou Cheika.

"Quando se tem uma dinâmica positiva, é possível somar pontos rapidamente e estivemos sempre no jogo", lembrou.

A Argentina tornou-se uma proposta completamente diferente da equipa que se rendeu tão docilmente por 27-10 perante Inglaterra, com 14 jogadores, no jogo de abertura do Mundial, mas Cheika insistiu que isso era apenas parte do processo de construção.

"Sabíamos que o primeiro jogo seria um pouco difícil e aprendemos muito porque havia muitos estreantes no Mundial", disse o treinador da Argentina.

"Não acho que tenha havido uma reviravolta radical. Nós apenas construímos o que aprendemos, tentamos ser um pouco melhores no próximo jogo", explicou.

Cheika disse que a sua equipa tinha mostrado uma das suas principais qualidades nesse mesmo jogo.

"Estamos a começar a ganhar alguma fluidez, mas uma coisa que esta equipa sempre teve foi muita luta. Mesmo naquele jogo contra a Inglaterra mostrámos muita luta, só não lidámos bem com a ocasião", acrescentou.

Quanto à possibilidade de a Argentina ir até o fim, Cheika reconheceu que a seleção não é favorita na meia-final em Paris.

"Estamos muito felizes por irmos a Paris, ainda não tivemos um gostinho disso neste Mundial. Vamos olhar para o jogo desta noite e sei que não seremos favoritos, mas vamos dar o nosso melhor", prometeu.

"Não é perfeito"

O capitão da Argentina, Julian Montoya, prestou homenagem à força de carácter da sua equipa.

"Acho que isso vem da nossa personalidade e da forma como treinamos", disse Montoya.

"Nada foi fácil demais para nós nos últimos dois anos. Confiamos uns nos outros. Somos um grupo muito unido", elogiou.

Montoya, no entanto, reconheceu que não tinha sido um desempenho perfeito.

"Sabemos que não vai ser perfeito: a vida não é perfeita. O que importa é como vocês abraçam o momento e lutam uns pelos outros. É disso que se trata o râguebi", explicou.

A Argentina ficará no torneio até ao final, mesmo que perca a meia-final contra a Nova Zelândia, com uma disputa do terceiro lugar aguardando as equipas que não chegarem ao jogo decisivo

"Mais duas semanas com esta equipa. Não quero que isto acabe nunca", disse Montoya.