Os All Blacks começaram a sua campanha com uma derrota por 27-13 contra a anfitriã França e, nos quartos de final deste sábado, no Stade de France, enfrentaram uma tarefa difícil contra a Irlanda, a equipa mais bem classificada que tinha vencido os 17 testes anteriores.
Alguns esqueceram rapidamente que a Nova Zelândia, mesmo tendo perdido os dois jogos anteriores contra os irlandeses, continua a ser o maior desafio do jogo.
Apesar de alguns minutos iniciais instáveis, os tricampeões foram brutalmente eficientes, com uma defesa de arame farpado, e venceram por 28-24 no final de um jogo de nervos.
Recorde as incidências da partida
Enquanto a Irlanda fez algumas escolhas erradas - optando por não chutar um penálti logo no início, insistindo em não ir para a linha de fundo -, os All Blacks converteram quase todas as vezes em que tiveram um cheiro de linha, com tentativas de Leicester Fainga'anuku, Ardie Savea e Will Jordan.
Também chutaram os seus primeiros penáltis para abrir o marcador, e a Irlanda nunca esteve à frente.
A equipa de Andy Farrell colocou os seus adversários em desvantagem, mas a Nova Zelândia fez 230 desarmes e lutou muito quando estava reduzida a 14 jogadores, depois dos cartões amarelos de Aaron Smith e Codie Taylor.
Foi muito apropriado que os All Blacks tenham conseguido a vitória depois de terem resistido a um período de posse de bola irlandesa de 40 fases, depois de o relógio ter ficado vermelho.
"A nossa capacidade de defender a nossa linha por mais de 30 fases no final é enorme", disse o capitão Sam Cane.
"A defesa foi excelente esta noite. Conseguimos segurá-los por longos períodos e acho que, em última análise, foi isso que nos deu a vitória", acrescentou.
"Defesa heróica"
O treinador Foster também deu crédito à defesa heróica da sua equipa, e toda a gente sabe que a defesa ganha campeonatos.
"A nossa defesa, especialmente na última parte, foi brilhante", disse.
"Fomos disciplinados, mantivemos a calma. Penso que, defensivamente, fizemos algumas mudanças e encontrámos uma forma de impedir que as jogadas de linha chegassem até nós. No final, tornou-se um jogo de paciência e fizemo-lo bem", explicou.
O resultado deixou a Irlanda fora das meias-finais mais uma vez, com os jogadores a darem a volta ao campo para saudar os seus mais de 60.000 adeptos com um ar abatido.
O capitão Johnny Sexton admitiu que a eficiência da Nova Zelândia foi brutal.
"Eles deram-nos um murro em algumas tentativas e é isso que as equipas campeãs fazem. A Nova Zelândia é a melhor equipa a tirar-nos o jogo", assumiu.